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Polícia Federal investiga invasão do apartamento de Aloizio Mercadante no Rio de Janeiro

Nada de valor foi levado. (Foto: Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) investiga a invasão do apartamento do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, na noite deste sábado (14). O imóvel fica em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Mercadante não estava em casa na hora do crime. Os criminosos também invadiram um apartamento ao lado. Um dos porteiros viu as portas dos imóveis arrombadas quando foi recolher o lixo e chamou a polícia. Mercadante, que cumpria compromissos em São Paulo, voltou ao imóvel acompanhado dos agentes da PF.

Conforme a agenda disponibilizada pelo banco, na última sexta-feira (13), ele participou de uma reunião do Conselho Diretor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo. O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, também participou.

Nada de valor foi levado. O BNDES informou que não haverá comentário sobre o caso e que aguarda a investigação da Polícia Federal. Procurada, a Polícia Civil do Rio de janeiro informou que o caso não foi registrado em nenhuma delegacia da Região. Ainda não se sabe se mais de uma pessoa teria participado da ação criminosa.

Os moradores do condomínio onde ocorreu a invasão estão preocupados e esperam por rápidas respostas das autoridades. Diante do ocorrido, é provável que o condomínio reveja suas estratégias de segurança.

Alguns moradores já se mobilizam para formar uma comissão de segurança, que dialogará com a administração do condomínio para sugerir e acompanhar a implementação das novas medidas de segurança.

Aloizio Mercadante está à frente do BNDES desde 6 de fevereiro de 2023. Ele foi empossado no cargo pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Mercadante tem 70 anos. É economista e foi deputado federal e senador por São Paulo.

Ele é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores. Durante os mandatos da ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016), Aloizio Mercadante foi responsável por três ministérios: Casa Civil, Ciência, Tecnologia e Informação e Educação. Desse último, foi líder duas vezes. É filiado ao PT desde 1980. Presidiu a Fundação Perseu Abramo de 2020 a 2023.

BNDES no RS

Em dois meses, o BNDES Emergencial alcançou a marca de R$ 6,8 bilhões aprovados em capital de giro para quase 3 mil operações no Rio Grande do Sul. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizou mais R$ 150 milhões em crédito para capital de giro a mais quatro empresas gaúchas afetadas pelas enchentes que atingiram o Estado no final de abril e em maio.

Entre as empresas contempladas está o Hospital Mãe de Deus, com R$ 80 milhões. A instituição de saúde ficou sem funcionamento por cerca de 45 dias no período de maio a junho. Foi necessária a completa evacuação do hospital, com a transferência de pacientes para outras unidades. Além disso, houve a perda de máquinas e equipamentos e prejuízo na estrutura física. O hospital é unidade de média e alta complexidade que atende, exclusivamente, convênios médicos e pacientes particulares, sendo um dos principais de Porto Alegre.

Uma empresa de São Leopoldo entrou com o pedido de R$ 30 milhões para capital de giro. As enchentes afetaram a unidade que ficou sem funcionamento de 3 de maio a 25 de junho, o que causou a perda de máquinas e equipamentos e prejuízos na estrutura física.

Outra empresa que teve o crédito aprovado, atua com segurança patrimonial, pessoal e gestão de serviços terceirizados. Os R$ 20 milhões ajudarão na recuperação das estruturas físicas, que foram atingidas em Canoas. Cerca de 700 funcionários não puderam trabalhar em maio, mas receberam seus salários integrais.

Um estabelecimento focado em frutos do mar também obteve R$ 20 milhões para a retomada. O alagamento das unidades de Porto Alegre (dentro da Ceasa) e de São Leopoldo impactou diretamente a capacidade da empresa de distribuir pescados para seus clientes, pois ambas tiveram que ser fechadas. A sede de São Leopoldo ficou inoperante por 35 dias e a de Porto Alegre por 45 dias.

 

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