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Brasil A Polícia Federal investiga propina de 160 milhões de reais da JBS/Friboi para um fiscal da Receita Federal

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Alguns deles se juntaram ao redor do presidente da Câmara para debater; havia o risco de perder. Até o relator na Câmara da emenda constitucional que instituiu a reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), informou a Lira ser a favor da isenção das carnes. A proposta apresentada pelo PL, que havia iniciado o dia morta pela decisão de Bolsonaro de punir a JBS, foi o veículo eleito para a alteração e poderia ser aprovada. O presidente da Câmara narrou a jornalistas, ao fim da votação, como foi o desfecho da negociação: “(O acordo) foi fechado ali dentro no plenário. Os líderes embaixo, depois vários subiram (à mesa diretora) na reta final, antes da votação dos destaques”, descreveu. Segundo ele, a previsão de que, no futuro, o assunto volte a ser discutido, com a previsão de um nível desejável de alíquota de referência em torno de 26,5%, abriu a porta para um acordo. “O que deu conforto foi essa trava de 26,5% que foi colocada no texto. Se bater perto, vai ter que ter alteração, vai ter que rever. Deu conforto em uma votação que poderia dar qualquer coisa, qualquer lado poderia alcançar os 257 votos”, disse. A isenção de impostos para as carnes foi aprovada na Câmara com amplo placar de 477 apoiadores (de um total de 513). (Fotos: Paulo Fridman/Bloomberg e Adriano Machado/Reuters)

A PF (Polícia Federal), o MPF (Ministério Público Federal) e a Receita Federal deflagraram, na manhã desta segunda-feira (11), uma operação para investigar o pagamento de R$ 160 milhões em propinas a um auditor para acelerar a liberação de créditos tributários do Fisco a empresas do grupo JBS/Friboi, dos irmãos Wesley e Joesley Batista.

O auditor já foi afastado judicialmente e oito pessoas físicas e jurídicas tiveram os bens bloqueados por suspeita de envolvimento no esquema. Ao todo, 14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na operação, batizada de Baixo Augusta. Eles tiveram como alvos residências e empresas em São Paulo, Caraguatatuba, Campos do Jordão, Cotia, Lins e Santana do Parnaíba.

Na capital paulista, os policiais visitaram o posto da Receita Federal onde o auditor investigado trabalhava, na rua Augusta, e também o escritório e a casa dele, ambos no bairro de Santana, na Zona Norte da cidade. A investigação teve início a partir do acordo de delação premiada selado com executivos da JBS – trata-se de um desdobramento da Lava-Jato.

Os delatores contaram que um auditor fiscal recebeu altas quantias de dinheiro para agilizar, ilicitamente, a liberação de recursos que a empresa teria a receber da Receita a título de créditos tributários. A denúncia foi encaminhada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) à Justiça Federal de São Paulo porque não envolve pessoas com foro privilegiado.

De acordo com a PF, há indícios de que o esquema de corrupção funcionou por mais de uma década, entre 2004 e 2017. Aproximadamente R$ 160 milhões em propina teriam sido movimentados no período. As transações, segundo a polícia, aconteciam por meio de empresas de fachada e da emissão de notas fiscais falsas, e ajudaram a JBS a obter cerca de R$ 2 bilhões antecipadamente.

Em nota, a J&F disse que “não é alvo da Operação Baixo Augusta”. “A empresa não fará comentários sobre a ação que está sendo realizada e que decorre do acordo de colaboração firmado com a Justiça. A J&F reitera ainda que, conforme nota divulgada pelo MPF, os créditos à JBS são recursos legítimos que a companhia teria a receber do Fisco”, completa o texto.

CPI

Dois dias antes de assumir o cargo de ministro da Secretaria de Governo, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) apresentará nesta terça-feira (12) à CPI da JBS seu parecer em que pretende pedir o indiciamento da antiga cúpula da PGR (Procuradoria-Geral da República). Marun disse  que deverá pedir o indiciamento do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, de Eduardo Pelella e de Marcello Miller.

Para o deputado, ficou evidente que houve “orientação de membros da antiga cúpula da Procuradoria-Geral da República para que pessoas com foro privilegiado fossem investigados sem autorização do STF [Supremo Tribunal Federal]”.

Pelella é mencionado em diálogos de delatores da JBS como um interlocutor da PGR. Ele teve reunião com um deles, o advogado Francisco Assis e Silva, dias antes do encontro, em 7 de março, entre Joesley Batista, da JBS, e o presidente Michel Temer no Jaburu. Janot e seu ex-assessor negam qualquer irregularidade.

 

 

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https://www.osul.com.br/policia-federal-investiga-propina-de-r-160-milhoes-da-jbsfriboi-para-fiscal-da-receita-federal/ A Polícia Federal investiga propina de 160 milhões de reais da JBS/Friboi para um fiscal da Receita Federal 2017-12-11
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