Por Redação O Sul | 9 de maio de 2015
O policial federal que causou um alvoroço nas redes sociais no ano passado ao postar uma foto ao lado de um alvo com o rosto da presidenta Dilma Rousseff – cravejado de balas – foi absolvido no processo administrativo disciplinar aberto na época. No entanto, a falta de punição para Danilo Mascarenhas Balas durou pouco. Após ser questionada, a PF (Polícia Federal) informou que houve um erro, e que o agente deverá ser suspenso por praticar tiro ao alvo com a imagem da mandatária.
Na sexta-feira (8), foi publicada uma portaria responsabilizando Balas por praticar ato que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a função de policial. A penalidade seria suspensão por quatro dias, mas ela não seria aplicada pois a ação estaria prescrita.
O argumento de que não haveria castigo movimentou os bastidores da corporação, já que a lei diz que a prescrição se dá após dois anos, além do prazo da investigação. A absolvição foi encarada internamente como um ataque da PF à Presidência.
Questionada sobre o motivo de a pena não ter sido aplicada apesar de estar dentro do prazo, a corporação informou que houve um erro em três portarias e as respectivas punições não foram aplicadas. Um desses processos era o de Balas.
“Em razão do equívoco, essas portarias foram tornadas sem efeito, oficialmente, e todos os atos serão republicados, sem o erro mencionado, possivelmente, na segunda-feira”, afirmou a PF em nota. “Informamos que o servidor em questão será suspenso, com redução proporcional de vencimentos.”
Em 25 de abril de 2014, a postagem foi publicada no Facebook por Balas, no grupo “Polícia Federal do Brasil”, que não é a página oficial da corporação. Na imagem, aparece com camiseta da PF ao lado de um alvo com a caricatura da presidenta. Ao lado, a legenda: “Assim fica fácil treinar”. A imagem foi apagada assim que começou a repercutir nas redes sociais. Foi tentado contato com Balas, mas ele não respondeu o pedido de entrevista.
