Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de abril de 2017
A Polícia Federal orienta que os brasileiros que se sentirem coagidos após assalto milionário no município paraguaio de Ciudad del Este, na tríplice fronteira com o Brasil (Foz do Iguaçu) e a Argentina (Puerto Iguazú), procurem o Consulado-Geral do Brasil.
Estudantes relataram perseguição de autoridades locais após a ação, em que um grupo formado por cerca de 50 pessoas – que seriam na maioria brasileiros – assaltou a sede da empresa de transportes de valores Prosegur na madrugada dessa segunda-feira, para roubar cerca de US$ 40 milhões (o equivalente a R$ 125 milhões).
O porta-voz da Polícia Federal no Paraná, Paulo Roberto Gomes, esclareceu que os brasileiros que se sentirem acuados ou forem vítimas de eventuais abusos devem procurar a representação do Brasil no país vizinho.
“Inicialmente, o limite da Polícia Federal termina na Fronteira. O brasileiro no exterior deve reportar o fato que ocorreu no Paraguai ao consulado. Eventualmente, a Polícia Federal pode atuar na região desde haja tratativa entre os governos dos dois países”, explicou.
Uma estudante brasileira de medicina, da Uninter (Universidad Internacional Tres Fronteras), relatou que há temor de perseguição a brasileiros.
“A gente foi comunicado para não ir à faculdade. Parece que um vigia da nossa faculdade, Uninter, foi assassinado e os policiais estão pegando todos os brasileiros que aparecerem lá e estão torturando”, contou a estudante.
O jornal paraguaio La Nación informou que o assalto foi liderado por membros da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital).
O roubo se estendeu por mais de três horas e ficou registrado em dezenas de gravações amadoras, em que é possível ver o incêndio de veículos e ouvir o som de tiros e o estrondo das explosões. O dinheiro estava depositado em um cofre que foi aberto com uso de explosivos e fuzis antiaéreos.