Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de agosto de 2022
Ana Cristina Valle e seu filho, Jair Renan Bolsonaro, moram desde junho do ano passado na mansão.
Foto: ReproduçãoA Polícia Federal (PF) pediu à Justiça Federal a abertura de uma investigação para apurar se Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, cometeu crime de lavagem de dinheiro ao comprar uma mansão no Lago Sul, área nobre de Brasília.
A PF justificou a necessidade do inquérito com base em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou transações atípicas à época da compra do imóvel.
O banco que concedeu o financiamento, o BRB, Banco de Brasília, é um banco público. Foi o mesmo que fez o financiamento da mansão comprada em junho pelo senador Flávio Bolsonaro. O negócio foi fechado em quase R$ 6 milhões.
A ex-mulher de Jair Bolsonaro e o filho mais novo do presidente, Jair Renan Bolsonaro, conhecido como “04”, moram desde junho do ano passado na mansão avaliada em R$ 3,2 milhões.
À época da mudança, Ana Cristina negava ser dona do imóvel e dizia morar de aluguel. A casa estava registrada em cartório em nome do corretor de imóveis Geraldo Antônio Machado.
Mas, em prestação de contas enviada à Justiça Eleitoral neste ano, a ex-mulher de Bolsonaro, que é candidata a deputada distrital pelo PP, declarou a mansão como parte do patrimônio dela.
Segundo o Coaf, a participação de Geraldo na transação financeira é um indício de possível simulação de compra e venda de propriedade – o que pode configurar crime de lavagem de dinheiro. A PF agora aguarda uma decisão da Justiça Federal para dar início à investigação.
Jair Renan
A Polícia Federal no Distrito Federal encerrou nesta quarta-feira (31), sem indiciamentos, o inquérito que apurava negócios envolvendo o filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan. A investigação que buscou esclarecer se ele usou o acesso ao Planalto para obter benefícios pessoais foi remetida ao Ministério Público Federal.
Jair Renan prestou depoimento no bojo da investigação em abril, ocasião na qual o filho mais novo de Bolsonaro negou ter interferido na agenda do governo ou recebido vantagens por isso. A apuração se debruçou sobre possíveis crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro envolvendo um grupo empresarial do setor de mineração e Jair Renan.