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Brasil Polícia Federal prende 14 suspeitos de “ressuscitar” mortos e inventar beneficiários no INSS

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Os criminosos responderão por organização criminosa, estelionato previdenciário, falsidade ideológica, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsos.

Foto: PF/Divulgação
Marcelo da Silva Vieira foi alvo de um mandado de busca e apreensão no Rio de Janeiro. (Foto: PF/Divulgação)

A Polícia Federal (PF) prendeu, até o início desta terça (25), 14 suspeitos de pertencer a uma quadrilha que fraudou benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) “ressuscitando” mortos – que tinham seus cadastros reativados – e inventando beneficiários. A Operação Metamorfose foca uma organização criminosa suspeita de causar um prejuízo de, pelo menos, R$ 8 milhões à Previdência. As buscas e prisões ocorreram no Rio de Janeiro, Niterói, Nova Iguaçu e Nilópolis.

Nas investigações do Ministério da Previdência Social e da Caixa Econômica Federal (CEF), a PF identificou indícios de que diversos benefícios previdenciários foram concedidos a pessoas “fictícias” ou mortas. As fraudes ocorreram em pensões por morte e no BPC-Loas (Benefício de Prestação Continuada ao idoso hipossuficiente). Os criminosos responderão por organização criminosa, estelionato previdenciário, falsidade ideológica, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsos. Somadas, as penas podem chegar a 31 anos e 8 meses de reclusão.

“O grupo criminoso operava mediante a realização de requerimentos de benefícios previdenciários em nome de pessoas “fictícias”, além da reativação de benefícios titularizados por pessoas já falecidas. Para tanto, a quadrilha anexava junto aos processos concessórios farta documentação falsificada”, informou a PF em nota. “Entretanto, como se tratavam de titulares ‘fantasmas’ ou falecidos, a quadrilha apenas conseguia sucesso na empreitada criminosa por conta da atuação de seus integrantes, que se habilitavam como procuradores e faziam requerimentos na condição de representantes legais desses beneficiários ‘inexistentes’.”

Depois da concessão do benefício, os procuradores das pessoas inexistentes ou mortas abriam contas em bancos. Retiravam os cartões magnéticos e faziam os saques. Os suspeitos são acusados de, em alguns casos, terem forjado identidades falsas para si próprios.

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