Sábado, 18 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de dezembro de 2022
A Polícia Federal (PF) prendeu, nessa sexta-feira (16), em Dom Pedro, cidade a 324 km de São Luís (MA), Antônio José Santos Saraiva, conhecido como “Sarneyzinho do Maranhão”, por ameaças contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A prisão aconteceu após um pedido do Ministério Público Federal (MPF), devido a uma representação feita contra ele, pelo senador Randolfe Rodrigues (REDE).
Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, Sarneyzinho diz que havia contratado homens que estariam em Brasília para “assassinar, fuzilar e executar” Moraes. Ainda questionava onde estavam as Forças Armadas e os caminhoneiros que “não haviam matado” o magistrado.
“Eu quero mandar um recado aqui para o bandido do Alexandre de Moraes. Aqui quem vos fala é o Sarneyzinho do Maranhão. Cuidado, meu amigo, meus homens já estão de olho em ti, já estão te rodeando em Brasília e São Paulo. A minha ordem é para te executar. Eu afirmo, eu Sarneyzinho do Maranhão, já coloquei meus homens à disposição para te executar”, ameaça Antônio José.
Em 2018, Antônio José foi candidato a deputado estadual pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), ficando como suplente.
O PSDB o expulsou “pelas graves ameaças deferidas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Alexandre de Moraes”. “Rechaçamos e condenamos veementemente tal postura e reforçamos que o agora ex-filiado não tem qualquer história ou relevância dentro do partido”, continuou a legenda.
Operação
A prisão era parte de uma operação da PF, deflagrada na última quinta-feira (15), contra manifestantes apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que se envolveram em atos antidemocráticos – como os bloqueios em rodovias e protestos em quartéis no qual pediam intervenção militar, o que é inconstitucional – além de empresários que promoveram ou financiaram esses protestos.
No total, foram cumpridos mais de 100 mandados de busca e apreensão em sete Estados brasileiros e no Distrito Federal (DF). Também foram expedidos mandados de prisão, de quebra de sigilo bancário e de bloqueio de contas de dezenas de empresários.
Essa é a maior operação já realizada pela Polícia Federal contra financiadores de atos antidemocráticos. Ela ocorre no rastro do inquérito dos protestos, que tem Moraes como relator.