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Polícia Federal prende o senador petista Delcídio Amaral por atrapalhar as investigações do escândalo da Petrobras

Senador petista foi preso em um hotel em Brasília (Foto: Divulgação)

A PF (Polícia Federal) prendeu na manhã desta quarta-feira (25), em Brasília, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado. Segundo a PF, o parlamentar foi preso por estar atrapalhando as apurações da Operação Lava-Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras.

Também foram presos o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira, e o advogado Édson Ribeiro, que defendeu o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. O banqueiro foi detido na casa da família, no Rio de Janeiro.

O senador teria tentado dificultar a delação premiada de Cerveró sobre uma suposta participação de Delcídio em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O líder do governo foi citado na delação do lobista conhecido como Fernando Baiano. No depoimento, Baiano disse que Delcídio recebeu 1,5 milhão de dólares de propina pela compra da refinaria.

Segundo investigadores, Delcídio chegou até a oferecer fuga a Cerveró, para que o ex-diretor não fizesse a delação premiada, o que reforçou para as autoridades a tentativa do petista de obstruir a Justiça. A assessoria do senador informou que o advogado dele, Maurício Leite, recebeu uma ligação de Delcídio e embarcou de São Paulo para Brasília para acompanhar o caso.

O senador foi detido no mesmo hotel em que estava hospedado o pecuarista e empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula, quando foi preso nesta terça-feira (24). Também foram realizadas buscas e apreensões no gabinete de Delcídio no Congresso. As prisões foram um pedido da Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

André Esteves, do banco BTG Pactual, também foi preso (Foto: Divulgação)

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