Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 10 de março de 2022
A PF (Polícia Federal) em São Paulo deflagrou nesta quinta-feira (10) uma operação batizada de “Anakin” contra uma suposta organização criminosa responsável por um esquema de fraudes bancárias nos sistemas da Caixa Econômica Federal. Quatro pessoas foram presas preventivamente.
Os criminosos promovem invasões aos sistemas da Caixa Econômica Federal, “conseguindo acesso às contas bancárias e informações restritas relacionadas aos clientes. A partir da invasão cibernética, realizam a emissão de cartões de crédito e, em seguida, passando-se pelos clientes, promovem compras, pagamentos e saques. O potencial lesivo dos atos delituosos atingem, aproximadamente, R$ 140 milhões”, segundo a PF.
A organização criminosa investigada, especializada em fraudes bancárias, conta com estrutura ordenada para as práticas delituosas, detém escritórios, empresas, equipamentos de informática, além de mão de obra altamente qualificada.
Durante as investigações, foram identificados os criminosos virtuais (hackers), que promovem os acessos ilícitos aos sistemas bancários e assessoram os demais infratores envolvidos no esquema delitivo.
Nesta quinta, quatro membros da organização foram presos em decorrência do cumprimento de mandados de prisão preventiva expedidos pelo Juízo da 7º Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de São Paulo.
Foram cumpridos, ainda, oito mandados de busca e apreensão, em São Paulo e na região metropolitana da capital paulista. Para o cumprimento das ordens judiciais, a Polícia Federal contou com 40 policiais que, além das prisões, efetivaram apreensão de materiais de informática, documentos, veículos, dentre outros objetos para continuidade das investigações.
Na ação desta quinta também foi identificado um funcionário dos Correios, responsável pelo repasse dos cartões emitidos de forma fraudulenta aos outros membros do grupo criminoso.
A investigação se iniciou em 19 de outubro do ano passado e desvendou o modo de operação utilizado pelos criminosos para a invasão cibernética do sistema bancário, bem como identificou os membros de primeiro escalão da organização, incluindo os responsáveis pelas invasões cibernéticas (hackers).
Os criminosos serão indiciados pelos crimes de fraude aos sistemas da Caixa e consequentes prejuízos, bem como por organização criminosa, delito previsto na Lei 12.850/2013.
O nome Anakin faz alusão a um dos personagens do universo cinematográfico, da série de filmes Star Wars, que “usava seus conhecimentos para praticar o mal, mesmo modo de atuação dos principais integrantes da organização criminosa, que fazia uso das suas habilidades na área de informática para lesar correntistas da Caixa Econômica Federal, em proveito próprio”, informou a PF.