Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de junho de 2024
Em cumprimento de mandados de prisão preventiva emitidos pela 5ª Vara de Justiça de Caxias do Sul (Serra Gaúcha), a Polícia Federal (PF) capturou três suspeitos pelo assalto a um carro-forte no Aeroporto de Caxias do Sul (Serra Gaúcha) na quarta-feira (19). Os criminosos foram localizados no Paraná e São Paulo, depois transferidos para o Rio Grande do Sul nesse sábado (22).
A ofensiva contou com a participação de integrantes da Brigada Militar (BM), Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal (PRF), em uma união de esforços das Secretarias de Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul, Paraná e de São Paulo.
“As investigações prosseguem para a identificar outros envolvidos e elucidar completamente o crime”, ressaltou a corporação. Não foi informado, entretanto, se o grupo inclui suspeitos presos pela Polícia Militar (PM) paulista na sexta-feira (21).
Ataque
Imagens registradas por câmeras de segurança do aeroporto mostram uma quadrilha armada com fuzis e vestida com trajes idênticos aos de agentes da PF, por volta das 19h de quarta-feira (19). Os criminosos também utilizavam veículos pretos e adesivados como se fossem da corporação.
Esse disfarce tinha por finalidade ludibriar a segurança da unidade para entrar nas dependências do aeroporto. Houve confronto com a BM no local, resultando na morte de um dos integrantes do grupo e do segundo-sargento da BM Fabiano Oliveira, 47 anos, atingido por um tiro no tórax.
Com 47 anos, esposa e filho, ele havia ingressado na corporação em dezembro de 1997 e atuava na Força Tática do 12° Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Caxias do Sul. Já a identidade do assaltante morto não foi detalhada até o momento. O grupo conseguiu fugir com cerca de metade do valor transportado (R$ 30 milhões), dinheiro parcialmente recuperado até agora.
Reforço
Após o incidente, o aeroporto passou a exigir que transportes de dinheiro no local sejam comunicados com antecedência às forças de segurança pública. A medida foi comunicada pela Secretaria de Trânsito da cidade, que administra a o terminal.
A BM reclamou do fato de não ter sido avisada da operação. Conforme o secretário local de Trânsito, Alfonso Willembring (que responde pela administração do aeroporto), não será adotado um protocolo pré-definido para operações do tipo. Os pousos e decolagens de qualquer aeronave no aeroporto terão agendamento junto à direção do terminal.
O procedimento a ser adotado inclui um pedido à transportadora sobre detalhes da carga e de como será a entrega. Com isso, serão informados os órgãos de segurança. A logística poderá variar caso a caso, conforme o que será entregue. Willembring ressalta:
“Isso que ocorreu não pode se repetir. O que é necessário para entregar malotes no Banco do Brasil ou no aeroporto? São operações diferentes. No aeroporto, esse tipo de carga está dentro de um aparelho público e temos que tomar alguma medida. A partir de hoje, essas operações não serão realizadas sem o conhecimento das forças de segurança”.
Ainda de acordo com ele, o terminal permanece à disposição para receber aeronaves que transportam valores. No entanto, se as empresas não informarem antecipadamente como planejam realizar o desembarque da carga, a operação poderá ser recusada.
(Marcello Campos)
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