Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2023
A Polícia Federal (PF) conseguiu nessa segunda-feira (21) acessar os dados de quatro celulares de Frederick Wassef, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apreendidos na semana passada.
Segundo investigadores, o advogado não forneceu as senhas dos aparelhos, mas, com técnicas de perícia, foi possível ter acesso às informações.
“Ele não deu as senhas. Nossa equipe quebrou as senhas e acessou o conteúdo”, disse uma fonte ao blog da jornalista Camila Bomfim, no G1.
Dos quatro aparelhos, que foram apreendidos em São Paulo na última quarta-feira (16), um era utilizado exclusivamente para conversas com Bolsonaro.
Com a quebra das senhas, os peritos da PF passarão a analisar o conteúdo das mensagens e arquivos existentes no aparelho.
Na última terça (15), Frederick Wassef confirmou ter recomprado, com dinheiro vivo, nos Estados Unidos, um relógio Rolex dado de presente a Bolsonaro em viagem oficial à Arábia Saudita.
Cid pai
Depois de acessar celulares do advogado Frederick Wassef, a PF conseguiu as senhas também do aparelho do general Mauro Lorena Cid, pai de Mauro Cid.
O celular chegou nessa segunda a Brasília, vindo do Rio de Janeiro, onde foi apreendido na casa do pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Segundo investigadores, os peritos vão começar a acessar um celular e um HD de um computador apreendidos na casa do general Mauro Cid. As senhas, segundo eles, já foram identificadas, da mesma forma como foi feito com os quatro celulares do advogado Wassef.
Para a PF, o celular do pai de Mauro Cid é uma peça importante nas investigações. Motivo: o general Mauro Lorena Cid é amigo do ex-presidente Bolsonaro. Formaram junto na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Bolsonaro nomeou o general para um cargo na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), em Miami.
Segundo os investigadores, o celular poderá revelar o relacionamento entre os dois e, também outras informações importantes, não só sobre as negociações das joias. As expectativas é que eles mostrem também outros tipos de negociações e relações entre Bolsonaro e o general Mauro Cid.
Ou seja, a PF acredita estar em mãos com dois celulares vitais para as investigações. O do general e também o aparelho que Wassef usava apenas para se comunicar com o ex-presidente Bolsonaro.