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Polícia Federal quer limitar valor para saques às vésperas do 2º turno

Só no dia do pleito, foram R$ 590 mil apreendidos, sendo R$ 21 milhões na semana que antecedeu o primeiro turno. (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

O alto número de dinheiro em espécie apreendido pela Polícia Federal (PF) nas vésperas das eleições municipais deste ano, e também no domingo de votação, ligou o sinal de alerta na instituição. Só no dia do pleito, foram R$ 590 mil apreendidos, sendo R$ 21 milhões na semana que antecedeu o primeiro turno.

Com base nessas apreensões e investigações de compras de voto, a Polícia Federal vai propor ao Banco Central e à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) que imponha um limite de saque nas vésperas do segundo turno da eleição municipal, que será no último domingo do mês (27).

“Vou conversar com o Bacen [Banco Central] e Febraban ainda hoje, para ver a viabilidade de implementar alguma medida. Com certeza a PF proporá algo antes do segundo turno, ainda que seja alteração de fluxo de comunicação”, disse, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

O valor apreendido nessa eleição chega a ser mais de quatro vezes o montante recolhido nas eleições presidenciais de 2022 e 14 vezes a quantia do pleito municipal de 2020, segundo os cálculos da PF.

Foram confiscados em torno de R$ 5 milhões em 2022. E na eleição de 2020, houve apreensão de cerca de R$ 1,5 milhão.

Apreensões em espécie

Em 30 de setembro, em Alagoas, os agentes apreenderam R$ 790 mil em uma operação de combate a crimes eleitorais.

Em Manaus, na mesma data, em situação distinta, foram apreendidos exatos R$ 798.750,00 – também em espécie.

Já no Ceará, em quatro operações diferentes, e em uma semana, a PF já apreendeu R$ 1,6 milhão. A origem do dinheiro é investigada nesses inquéritos.

No Rio de Janeiro, na véspera do primeiro turno, mais de R$ 2 milhões em espécie foram apreendidos. A destinação do montante é investigada.

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