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Polícia Federal quer ouvir a chefe de gabinete do presidente da Câmara dos Deputados

Cunha negou participação na formulação dos requerimentos que teriam sido usados para achacar fornecedoras da Petrobras. (Foto: Valter Campanato/Abr)

A PF (Polícia Federal) quer ouvir a chefe de gabinete do Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na investigação da Operação Lava-Jato que apura a sua relação com dois requerimentos de informação que teriam sido usados para achacar fornecedoras da Petrobras. O depoimento de Denise Santos está marcado para o dia 24 deste mês. A PF já enviou um ofício à Câmara intimando a chefe de gabinete. A presidência da Casa não comentou o assunto.

A suposta ligação de Cunha com esses papéis é um dos principais elementos apontados pela Procuradoria-Geral da República para inclui-lo entre os políticos suspeitos de participação no esquema de corrupção na estatal.

Os requerimentos foram apresentados na Câmara em 2011 pela então deputada Solange Almeida (PMDB-RJ). Atualmente prefeita de Rio Bonito (RJ), ela já foi ouvida pela PF em abril e disse não se lembrar qual a motivação para assinar os documentos – que pediam às autoridades informações sobre contratos da Petrobras com a Mitsui.

O parlamentar, por sua vez, negou participação na formulação dos requerimentos e afirmou que suspeitava de fraude no setor de informática, pois haveria discrepância entre as datas do protocolo dos papéis e as registradas nos arquivos de computador.

Em maio, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, considerou “despropositada” a versão do presidente da Câmara em documento encaminhado por ele ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, em resposta a um recurso em que os advogados do deputado pediam o trancamento do inquérito.

(Folhapress)

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