Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de agosto de 2016
A PF (Polícia Federal) deflagrou, na madrugada desta terça-feira (02), a 33ª fase da Operação Lava-Jato no Rio Grande do Sul, em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais. A ação foi batizada de Resta Um. Foram cumpridos 32 mandados judiciais: dois de prisão temporária, um de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e 23 de busca e apreensão.
Esta etapa da Lava-Jato mira a participação da Construtora Queiroz Galvão no cartel de empreiteiras que fraudava licitações na Petrobras, gerando prejuízos bilionários à estatal. Agentes da PF realizaram buscas no estaleiro QGI em Rio Grande, no Litoral Sul gaúcho, do consórcio formado pela Queiroz Galvão e pela Iesa Óleo e Gás, e em um escritório da empreiteira na cidade. Foram apreendidos documentos e computadores.
O ex-presidente da construtora Ildefonso Colares Filho e o ex-diretor Othon Zanoide de Moraes Filho foram presos preventivamente. Há ainda um mandado de prisão temporária para Marcos Pereira Reis, que está no exterior, segundo a PF.
“Além dos ajustes e fraude a licitações, as evidências colhidas nas investigações revelam que houve corrupção, com o pagamento de propina a funcionários da Petrobras. Executivos da Queiroz Galvão pagaram valores indevidos em favor de altos funcionários das diretorias de Serviços e de Abastecimento. Em sua parte já rastreada e comprovada, as propinas se aproximam da cifra de R$ 10 milhões. Esses crimes estão comprovados por farta prova documental que corroborou o depoimento de pelo menos cinco colaboradores, sendo três deles dirigentes de empreiteiras”, disse o MPF (Ministério Público Federal).
As obras investigadas no esquema de corrupção englobam contratos em complexos petroquímicos no Rio de Janeiro, na Refinaria Abreu e Lima, na Refinaria Vale do Paraíba, na Refinaria Landulpho Alves e na Refinaria Duque de Caxias. (AG)