Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 15 de setembro de 2016
A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quinta-feira (15) a oitava fase da Operação Acrônimo em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Segundo a corporação, o objetivo desta etapa é apreender documentos que possam esclarecer a existência de uma suposta organização criminosa especializada em se beneficiar, junto ao governo federal, com pagamentos de vantagens indevidas a agentes públicos.
São cumpridos 20 mandados judiciais expedidos pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal. Ao todo, 11 pessoas são alvos de condução coercitiva. De acordo com a PF, a ação está focada em dois inquéritos policiais que investigam dois fatos distintos. O primeiro se refere à suspeita de cooptação e pagamento de vantagens indevidas para fraudar licitações no Ministério da Saúde, beneficiando uma gráfica pertencente a investigados.
A outra questão é a interposição de uma empresa na negociação de vantagens indevidas a agente público para conseguir financiamento de projetos no exterior pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em Angola, Cuba, Panamá, Gana e México e República Dominicana. Segundo a polícia, uma empreiteira brasileira foi a grande beneficiada.
A Operação Acrônimo investiga um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais envolvendo gráficas e agências de comunicação. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), é suspeito de ter utilizado os serviços de uma gráfica durante a campanha eleitoral de 2014 sem a devida declaração dos valores e de ter recebido “vantagens indevidas” do proprietário dessa gráfica, o empresário Benedito Oliveira, conhecido como Bené. A PF informou que ação desta quinta não envolve investigados com foro privilegiado. (AG)