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Política Polícia Federal trabalha para terminar investigação sobre Bolsonaro até o fim deste mês

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Neste ano, foram mais de 60 operações realizadas pela PF até domingo (6), dia da votação do primeiro turno. (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF) ainda trabalha para concluir uma das principais investigações abertas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): a da tentativa de golpe de Estado. A expectativa é que, se o relatório do caso não for enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) até o fim do mês, isso ocorrerá somente depois das eleições de outubro, para que a corporação não seja acusada de interferência no jogo político.

A mesma lógica deve ser aplicada ao inquérito sobre supostos abusos na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O caso vem sendo chamado de “Abin paralela” e tem como um dos principais investigados o ex-diretor do órgão Alexandre Ramagem (PL), deputado federal e candidato à prefeitura do Rio de Janeiro.

Nos últimos meses, a PF concluiu duas investigações que miram o ex-presidente e seus aliados: a da falsificação do certificado das vacinas contra a covid e a da venda de joias no exterior. Esses relatórios estão nas mãos do procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, que precisa decidir se apresenta ou não denúncia. O PGR também está de olho no calendário eleitoral e já sinalizou que pode deixar para se manifestar nos casos somente depois do pleito.

A investigação mais robusta que atinge Bolsonaro é a sobre a existência de uma suposta trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu as eleições de 2022. Assim como outros casos, essa apuração avançou após o tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência, decidir fechar um acordo de delação premiada.

Segundo a investigação da PF, após ser derrotado nas urnas, Bolsonaro chegou a consultar os comandantes militares para saber se eles apoiariam uma ruptura institucional que o mantivesse no poder. Com a ajuda de auxiliares, foram elaborados rascunhos de decretos que previam a intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular o resultado da eleição. Os documentos ficaram conhecidos como “minutas do golpe”.

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, chegou a afirmar que a conclusão desse inquérito iria ocorrer em julho, o que não se concretizou. Segundo fontes a par da investigação, ainda há diligências em andamento.

Os investigadores também redobraram a atenção depois de o relatório sobre o caso das joias conter um erro material sobre o valor dos presentes oficiais que haviam sido mantidos por Bolsonaro. Inicialmente, o texto falava em R$ 25 milhões, mas depois esse montante foi corrigido para R$ 6,8 milhões.

A intenção é que não fique nenhuma ponta solta na investigação ou qualquer
inconsistência que possa dar munição para questionar o trabalho realizado pela Polícia Federal. Apoiadores de Bolsonaro costumam afirmar que o ex-presidente sofre perseguição, por ser o principal adversário do atual governo.

A investigação sobre o uso indevido da Abin também segue em andamento. Em julho, uma nova fase da Operação Última Milha foi deflagrada. Na última semana, o ex-corregedor da Receita Federal José Pereira Barros Neto prestou depoimento sobre o caso das “rachadinhas” que envolve o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Uma das linhas de investigação é que a agência tenha sido usada para blindar os filhos do ex-presidente. A oitiva foi considerada “promissora” por nomes que acompanham o caso.

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https://www.osul.com.br/policia-federal-trabalha-para-terminar-investigacao-sobre-bolsonaro-ate-o-fim-deste-mes/ Polícia Federal trabalha para terminar investigação sobre Bolsonaro até o fim deste mês 2024-08-12
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