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Política Polícia Federal usará estratégia semelhante à reconstrução do cenário nos atos de 8 de janeiro para investigar explosões em Brasília

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Explosões ocorreram na noite de quarta-feira na Praça dos Três Poderes

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
Autor da explosão pediu ao dono do bar, o Arroz, para grafar com giz a parede voltada para rua. Escreveu o nome com o qual concorreu nas urnas em 2020: Tiü França. (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

Peritos criminais da PF (Polícia Federal) investigarão as explosões ocorridas na noite de quarta-feira (13) na Praça do Três Poderes, em Brasília, com estratégia semelhante à reconstrução do cenário na identificação dos atos extremistas de 8 de janeiro do ano passado.  

Entre os primeiros procedimentos realizados pelos peritos da PF no local, estão a identificação de todos os vestígios e das imagens da área com ferramentas tecnológicas 3D a fim de compreender, em detalhes, a dinâmica do atentado.

Profissionais do Instituto Nacional de Criminalística, que são especialistas em perícias de locais de crimes, bombas e explosivos, foram acionados logo depois da ocorrência. A PF abriu um inquérito para investigar o caso.

Os vestígios coletados serão posteriormente analisados para identificar e confirmar o tipo de explosivo utilizado, a possível origem e outras evidências que possam indicar como a ação foi planejada e se teve participação individual ou em grupo.

Em uma postagem nas redes sociais, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse ter certeza de que a PF irá esclarecer o caso.

“Já sabemos que foi muito grave o que aconteceu. Já sabemos que o carro com os explosivos pertence a um candidato a vereador do PL de Santa Catarina. Provavelmente, a perícia vai confirmar que se trata da mesma pessoa que tentou entrar no STF e depois morreu detonando explosivos na área externa do tribunal”, declarou Pimenta.

“Sabemos que ele esteve na Câmara, ainda não sabemos que gabinetes visitou. Quando e como veio de SC? Sozinho? Acompanhado? Alguém pagou? Onde estava hospedado? Os explosivos foram adquiridos onde? Com quem falou no telefone? Essas e outras respostas a PF vai, com certeza, rapidinho nos responder. Golpistas não passarão”, prosseguiu o ministro.

Ataque

As explosões ocorreram por volta das 19h30min de quarta. Primeiro, foram detonados explosivos em um carro estacionado no anexo 4 da Câmara dos Deputados, próximo ao STF. Em seguida, houve a explosão de artefatos no corpo do autor do ataque, em frente à sede do Supremo.

O chaveiro Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França”, ex-candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul (SC), é apontado como autor e dono do carro que explodiu.

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