Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2024
A viagem está marcada para 25 de abril.
Foto: Valter Campanato/Agência BrasilA Polícia Federal (PF) vai este mês aos Estados Unidos aprofundar as investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e a venda de joias do acervo da Presidência da República. A viagem está marcada para 25 de abril.
Os agentes foram autorizados a fazer diligências para concluir investigação sobre a venda dos itens valiosos no exterior.
A equipe brasileira será formada por um delegado e um agente. O roteiro de investigação incluiu diligências nas cidades de Miami (Flórida), Wilson Grove (Pensilvânia) e Nova Iorque (NY).
A primeira parte da cooperação internacional foi concluída com o envio de documentos e informações bancárias dos envolvidos nas investigações. Agora serão feitas diligências de campo, inclusive entrevistas e colheita de depoimentos.
Os policiais serão acompanhados por agentes especiais da polícia americana e irão utilizar a estrutura do FBI, a polícia federal americana, durante as investigações. Entre as ações previstas está a tomada de depoimentos dos comerciantes das lojas onde foram vendidas e recompradas as joias.
Para conseguir a autorização, os investigadores brasileiros descreveram quais são as ações necessárias e o FBI autoriza o que estiver em conformidade com a legislação americana.
Neste caso, a PF teve todos os pedidos atendidos. Após a viagem, os investigadores devem concluir o inquérito.
Entenda
O ex-presidente Jair Bolsonaro ganhou joias e presentes no exercício do mandato, e investigações da PF mostram que os itens começaram a ser negociados nos EUA em junho de 2022.
Entre elas estava um kit de joias composto por um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico entregue a Bolsonaro em uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019. A defesa de Jair Bolsonaro questiona a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para conduzir a investigação.
O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes, que identificou a participação de investigados em outros casos que tramitam na Corte, como o inquérito das milícias digitais. Em agosto do ano passado, Bolsonaro foi intimado a depor, mas usou o direito ao silêncio.