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Polícia Federal vai aos Estados Unidos investigar venda de joias por Bolsonaro

Bolsonaro deve observar a força do Centrão até 2026 antes de definir seu rumo final. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) vai este mês aos Estados Unidos aprofundar as investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e a venda de joias do acervo da Presidência da República. A viagem está marcada para 25 de abril.

Os agentes foram autorizados a fazer diligências para concluir investigação sobre a venda dos itens valiosos no exterior.

A equipe brasileira será formada por um delegado e um agente. O roteiro de investigação incluiu diligências nas cidades de Miami (Flórida), Wilson Grove (Pensilvânia) e Nova Iorque (NY).

A primeira parte da cooperação internacional foi concluída com o envio de documentos e informações bancárias dos envolvidos nas investigações. Agora serão feitas diligências de campo, inclusive entrevistas e colheita de depoimentos.

Os policiais serão acompanhados por agentes especiais da polícia americana e irão utilizar a estrutura do FBI, a polícia federal americana, durante as investigações. Entre as ações previstas está a tomada de depoimentos dos comerciantes das lojas onde foram vendidas e recompradas as joias.

Para conseguir a autorização, os investigadores brasileiros descreveram quais são as ações necessárias e o FBI autoriza o que estiver em conformidade com a legislação americana.

Neste caso, a PF teve todos os pedidos atendidos. Após a viagem, os investigadores devem concluir o inquérito.

Entenda
O ex-presidente Jair Bolsonaro ganhou joias e presentes no exercício do mandato, e investigações da PF mostram que os itens começaram a ser negociados nos EUA em junho de 2022.

Entre elas estava um kit de joias composto por um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico entregue a Bolsonaro em uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019. A defesa de Jair Bolsonaro questiona a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para conduzir a investigação.

O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes, que identificou a participação de investigados em outros casos que tramitam na Corte, como o inquérito das milícias digitais. Em agosto do ano passado, Bolsonaro foi intimado a depor, mas usou o direito ao silêncio.

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