Segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de janeiro de 2024
De acordo com as investigações, Monark criou perfis novos para reproduzir conteúdo com desinformação.
Foto: Reprodução/YouTubeA Polícia Federal (PF) concluiu que há indícios de que o influencer Bruno Aiub, conhecido como Monark, cometeu crime de descumprimento de decisão judicial.
De acordo com as investigações, Monark criou perfis novos para reproduzir conteúdo com desinformação, já vedado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e tentou lucrar com o material.
Conforme o Código Penal, quem exerce atividade ou direito de que foi suspenso ou privado por decisão judicial pode ser punido com três meses a dois anos de detenção, ou multa.
Para a PF, a desobediência à ordem judicial ficou caracterizada pela “reiterada recusa em acatar a determinação judicial de cessar a divulgação de notícias fraudulentas”.
“Essa constatação encontra respaldo nas publicações de conteúdo efetuadas em diversas plataformas de mídia social, notadamente no TikTok e YouTube. A análise dessas publicações revela indícios substanciais que apontam para a persistência na transgressão das ordens judiciais impostas”, afirmam os investigadores.
Em agosto do ano passado, o ministro do STF Alexandre de Moraes multou em R$ 300 mil o influencer pelo descumprimento e determinou a abertura de um inquérito para investigar o podcaster.
Monark teve contas bloqueadas no âmbito do inquérito que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas. Em abril de 2023, o ministro do Supremo proibiu o influencer de espalhar fake news sobre a atuação da Corte ou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A PF afirmou que a criação de novos perfis se revelou “como um artifício ilícito utilizado para produzir (e reproduzir) conteúdo que já foi objeto de bloqueio, veiculando novos ataques, violando decisão judicial”.
O influencer não compareceu a um depoimento marcado pela Polícia Federal no dia 27 de dezembro.