Sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Polícia identifica e intima professores que imitaram macacos em roda de samba no Rio

Compartilhe esta notícia:

Ambos são professores de música e estavam de passagem pela cidade. (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou e intimou por carta o casal de professores filmado imitando macacos durante uma roda de samba no Centro da capital fluminense, no último dia 19. Carolina de Palma, de 28 anos, é argentina e mora em Buenos Aires. Já Thiago Martins Maranhão, 41, é carioca e vive em São Paulo. Ambos são professores de música e estavam de passagem pela cidade. Agora, ambos terão que prestar depoimento no inquérito que apura racismo.

Segundo a polícia, o Centro de cooperação Policial Internacional do RJ ajudou na identificação da argentina, que chegou ao Brasil no dia 14 para participar de um seminário organizado pelo Fórum Latino-Americano de Educação Musical (Fladem). Carolina deixou o país no domingo. Thiago não chegou a participar do Fledem e voltou para São Paulo pouco depois do caso ganhar repercussão.

Ainda de acordo com a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) responsável pelo inquérito do caso, Carolina será ouvida por carta rogatória — instrumento jurídico de cooperação processual entre países. Já Thiago vai prestar depoimento em alguma delegacia paulista por carta precatória. A polícia não informou quando os investigados devem se apresentar.

Por nota, a escola bilíngue de São Paulo à qual o professor Thiago Martins fazia parte afirmo que ele foi desligado do quadro de funcionários.

“Informamos que o colaborador envolvido no incidente não fará parte do nosso quadro de colaboradores para o segundo semestre letivo. A escola foi surpreendida pelas notícias que circularam sobre fato ocorrido no período de férias e fora do ambiente escolar. Reiteramos, uma vez mais, que não compactuamos com nenhum ato ou manifestação que fira os valores de respeito à diversidade cultivados em nossa instituição. Nosso compromisso é promover um ambiente seguro para todos os nossos estudantes, colaboradores e a comunidade escolar através de uma educação de respeito e cidadania”, afirmou a escola em nota encaminhada ao jornal O Globo.

A atitude da dupla foi filmado pela jornalista Jackeline Oliveira, que na segunda-feira procurou a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), para registrar o crime. A jovem estava acompanhada da vereadora Mônica Cunha, presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Câmara Municipal, do organizador da roda Wanderso Luna e de uma advogada da comissão.

“Fui muito amparada pela Comissão de Combate ao Racismo, que é um aparelho municipal de dispõe de ajuda. Eu não tinha condições nenhuma de ter um advogado e como chegar a delegacia para fazer a denúncia. A comissão me ajudou. É importante que a polícia faça esse caso andar e que não fique apenas no inquérito. As pessoas precisam se mobilizar. É importante que as pessoas sintam-se seguras para denunciar, tendo a certeza de que aquilo vai ser só mais uma denúncia”, afirmou a jornalista.

No vídeo divulgado pela jornalista Jackeline Oliveira nas suas redes sociais, é possível ver um homem e uma mulher, ambos brancos, imitando macacos em gestos e sons, enquanto a roda de samba acontece. A mulher chega a fingir tirar algo da cabeça do companheiro e colocar na boca. Uma segurança e um controlador de acesso do evento contaram ter visto ao menos mais uma pessoa, além dessa dupla, fazendo os mesmos atos racistas.

Em nota, a Asociación Orff Argentina à qual a professora é associada afirmou que, na Argentina, imitações de animais não têm conotações racistas no contexto de atividades pedagógicas.

“Diante da quantidade de mensagens recebidas nas redes sociais relacionadas ao vídeo viralizado recentemente nos meios de comunicação do Brasil, a Asociación Orff Argentina manifesta que é uma associação sem fins lucrativos que não possui funcionários nem presta serviços. A associação e seus integrantes celebramos a diversidade e repudiamos categoricamente qualquer ato de racismo ou discriminação. A professora implicada na situação é associada de nossa associação há vários anos e está participando como expositora em alguns encontros, mostrando sempre uma grande capacidade de trabalho e criatividade. Na Argentina, no contexto de uma atividade pedagógica, a imitação de animais não tem conotações racistas. Lamentamos profundamente esta situação”, dizia a nota publicada no Instagram. As informações são do jornal O Globo.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

A jornada autoritária que descarrilou a Venezuela
Venezuelanos na fronteira do Brasil lamentam a reeleição de Maduro para um terceiro mandato
https://www.osul.com.br/policia-identifica-e-intima-professores-que-imitaram-macacos-em-roda-de-samba-no-rio/ Polícia identifica e intima professores que imitaram macacos em roda de samba no Rio 2024-07-29
Deixe seu comentário
Pode te interessar