A polícia da Coreia do Sul tentou fazer uma busca no gabinete do presidente Yoon Suk Yeol nesta quarta-feira (11), mas não conseguiu entrar no prédio principal, informou a agência de notícias Yonhap, à medida que se amplia a investigação sobre a decisão do presidente de declarar a lei marcial.
Yoon agora é alvo de uma investigação criminal sobre alegações de insurreição e está proibido de deixar o país, mas não foi preso ou interrogado pelas autoridades.
Mais cedo, um funcionário do serviço de segurança presidencial disse que a batida policial no gabinete de Yoon estava em andamento. Mais tarde, porém, a Yonhap disse que os investigadores ainda não haviam entrado no prédio principal do complexo presidencial.
A agência de notícias disse que a polícia não havia conseguido chegar a um acordo com o Serviço Secreto sobre o método de apreensão e busca. A polícia se recusou a comentar.
“Estamos respondendo com base na lei e em casos anteriores do governo”, disse um funcionário do gabinete presidencial, negando que o gabinete estivesse se opondo à busca.
Tentativa de suicídio
O ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun, um confidente próximo de Yoon, e dois policiais graduados, incluindo o chefe da polícia nacional, foram presos sob a acusação de insurreição como parte da investigação.
Kim tentou suicídio usando uma camisa e roupas íntimas na noite de terça-feira (10) em um centro de detenção onde está preso, disse um funcionário do Ministério da Justiça ao Parlamento.
Ele estava agora sob observação e sua vida não corre perigo, acrescentou o funcionário.
Kim renunciou e pediu desculpas por sua participação na breve imposição do regime de emergência, dizendo que ele era o único responsável.
Logo após a declaração de lei marcial feita por Yoon no final da noite, os legisladores, incluindo alguns membros de seu próprio partido, votaram para exigir que o presidente revogasse imediatamente a ordem, o que ele fez horas depois.
Parlamento
Parlamento da Coreia do Sul vota no sábado (14) segunda moção para destituir o presidente. Na primeira, o mandatário conseguiu escapar, pois vários deputados abandonaram a Assembleia Nacional antes de a votação começar, ficando apenas um. Uma vez que são necessários 200 deputados para que se inicie a votação.