Terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de outubro de 2019
Nesta quinta-feira (3), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou no Twitter que vai apurar “com rigor” a denúncia de que um grupo de policiais militares invadiu o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, zona Norte do Rio, um dia após a morte da estudante Ágatha Félix, para exigir dos funcionários a entrega da bala que matou a menina, no Complexo do Alemão, também na zona Norte.
A informação foi divulgada pelo site da Veja. Conforme a revista, os médicos se recusaram a entregar a bala, e os policiais foram embora. Só um fragmento da bala foi encontrado pelos médicos, e encaminhada à Polícia Civil, que concluiu não ser possível compará-la com as armas dos policiais que estavam patrulhando a região no momento.
Sobre a informação de que policiais militares teriam tentado pegar a bala que atingiu a menina Ágatha, minha posição é firme: tudo será apurado com rigor. Os fatos, se comprovados, são inadmissíveis. Os culpados serão punidos.
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) October 3, 2019
A corporação ressaltou que é comum policiais irem a unidades de saúde para checar informações sobre a entrada de vítimas de armas de fogo.
Fontes da Polícia Civil disseram que há indícios de que o tiro que matou a Ágatha tenha saído da arma de um policial militar. Investigadores disseram que esse policial participou da reprodução simulada e passou mal ao relembrar o que aconteceu na noite do crime.
Para a Polícia Civil, a probabilidade é grande de que não tenha havido confronto. Apenas dois tiros teriam sido disparados. Dos 11 policiais militares investigados no caso, somente dois aceitaram participar da simulação. O resultado dessa reprodução deve sair nas próximas semanas.