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Polícia prende 12 mulheres de quadrilha que fraudava contas bancárias no Rio

Suspeitas presas são ligadas a traficantes de drogas da maior facção criminosa que atua na Zona Norte da capital fluminense. (Foto: Divulgação/Polícia Civil-RJ)

Policiais da Delegacia de Combate às Drogas do Rio de Janeiro prenderam, nesta quarta-feira (11), 12 mulheres e desarticularam uma organização criminosa especializada em golpes eletrônicos. Segundo as investigações, as suspeitas induziam as vítimas a repassar dados bancários e entregar cartões de crédito a motoboys. Em seguida, a quadrilha utilizava os cartões das vítimas. De acordo com os agentes, a estimativa é que a organização lucrava entre R$ 600 mil a R$ 1 milhão por mês.

Durante a operação, os policiais apreenderam 11 notebooks, nove máquinas de cartão, 50 cartões de créditos, aparelhos de telefone celular e outros materiais utilizados no crime. Segundo a polícia, “as mulheres foram localizadas após um intenso trabalho de inteligência e monitoramento”. As investigações indicam que elas são ligadas a traficantes de drogas da maior facção criminosa que atua no Complexo da Maré, na Zona Norte da capital fluminense. Segundo a Delegacia, por meio deste golpe eletrônico, a quadrilha diversificou as atividades ilegais. Além do tráfico de drogas, do roubo de cargas e assaltos, da receptação e clonagem de veículos e do tráfico de armas, os criminosos passaram a atuar também em fraudes bancárias.

Golpe do falso motoboy

O golpe do falso motoboy começa com uma ligação ao cliente, de uma pessoa que se passa por funcionário do banco, e diz que o cartão foi clonado, informando que é preciso bloqueá-lo. Para isso, diz o golpista, bastaria cortá-lo ao meio e pedir um novo pelo atendimento eletrônico. O falso funcionário pede que a senha seja digitada no telefone, e fala que, por segurança, um motoboy irá buscar o cartão para uma perícia. O que o cliente não sabe é que, com o cartão cortado ao meio, o chip permanece intacto, e é possível realizar diversas transações.

Como evitar: Nenhum banco pede o cartão de volta ou envia qualquer pessoa ou portador para retirar o cartão na casa dos clientes. Então, desligue o telefone e ligue, de outro aparelho, para o banco, para verificar se realmente houve alguma irregularidade.

Braço financeiro de milícia

Em outro caso, uma força-tarefa da Polícia Civil fluminense realizou, também nesta quarta-feira, uma operação contra o braço financeiro da milícia chefiada por Wellington da Silva Braga, o “Ecko”, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os agentes prenderam 14 pessoas e fecharam uma pedreira explorada pela organização criminosa. A ação teve como objetivo asfixiar as fontes de renda e interromper comércios e serviços ilegais, que geram grande lucro para a quadrilha.

Entre os crimes investigados pela milícia chefiada por “Ecko” estão exploração de atividades ilegais controladas pela milícia; cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia; instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet (gatonet / gatointernet); armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água; parcelamento irregular de solo urbano; exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais; comercialização de produtos falsificados; contrabando; descaminho; transporte alternativo irregular; estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro, entre outras ilegalidades. As informações são da Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Febraban.

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