As forças de segurança do Rio Grande do Sul prenderam mais 60 pessoas por crimes relacionados às enchentes que atingem o Estado desde o final de abril.
As novas prisões foram efetuadas entre a noite deste sábado (11) e a manhã de domingo (12). De acordo com a Brigada Militar, os presos fizeram saques e roubos, além de outros crimes aproveitando a situação da calamidade pelos alagamentos em todo o Estado.
Por conta da onda de saques, a polícia estabeleceu rondas noturnas com barcos percorrendo as áreas comerciais de Porto Alegre. Os botes responsáveis pela tarefa saem no anoitecer e ficam na água até clarear o dia.
Policiais não são treinados para agir em barcos. O número de agentes do batalhão ambiental é insuficiente para haver pilotos para todas as embarcações. Voluntários fazem este trabalho.
A população, assustada e receosa, recorre a segurança privada. Mas nem todo mundo dentro das lojas é saqueador. Nessas patrulhas da polícia, algumas vezes são encontrados homens contratados pelas próprias famílias para vigiar casas e estabelecimentos.
Em entrevista à CNN, o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, disse que os casos de saque aconteceram apenas no primeiro dia das cheias, em um supermercado e em uma loja de informática. No início, a corporação priorizou o atendimento às vítimas das enchentes, mas logo passou a atuar na proteção de áreas alagadas e abrigos.
“Não há descontrole da criminalidade. Tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar tem feito patrulhamento de barco nos locais alagados e não temos nenhuma confirmação de novos roubos, furtos e saques. Eu não digo que nós não estamos atentos ou preocupados e que não tenha ocorrido algum fato, mas há um problema de falta de luz que dá a sensação de insegurança aos locais alagados”, afirmou ele.
São nove crimes sexuais investigados até agora. Sete deles na região metropolitana de Pelotas. A lista inclui estupros, casos de importunação sexual e também o crime de satisfação da lascívia mediante presença de criança ou adolescente.
Até agora, ao todo, 44 investigações foram abertas para apurar crimes relacionados às fake news.
“Já tiramos do ar 14 perfis que estavam dizendo desde Pix falso para ganhar dinheiro, até fatos que não são verdadeiros e causam pânico social. Temos também casos de crimes contra serviços de utilidade pública, de pessoas que falam sobre desvio de donativos e que estaríamos deixando de dar comida às pessoas”, afirma o delegado.