Uma mulher que é policial militar foi presa em flagrante pelo próprio marido, também PM, acusada de matar a irmã a tiros em um posto de combustíveis em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.
A PM do 7º Batalhão (São Gonçalo) Rhaillayne Oliveira de Mello, de 23 anos, estava com a irmã, Rayana de Mello, em uma festa num bar do bairro Barro Vermelho. Ao saírem, elas embarcaram em um carro de aplicativo e, por motivo não esclarecido pela polícia, começaram uma discussão. Rayana parou em um posto de combustíveis na Rua Francisco Portela, no bairro Camarão, conhecido ponto de encontro de jovens durante as madrugadas.
Rhaillayne foi para casa, pegou a arma e foi ao encontro da irmã no posto. Ao encontrá-la, atirou várias vezes contra ela. Rayana morreu na hora.
O marido de Rhaillayne, cujo nome não foi divulgado, estava trabalhando e, como policial militar, foi até o posto e deu voz de prisão à mulher. Ela foi conduzida primeiro à 73ª DP, no bairro de Neves, e depois à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá, responsável por investigar o caso.
Antes de ser levada para o batalhão, a militar prestou depoimento Delegacia de Homicídios de Niterói. Em um determinado momento da oitiva, Rhaillayne chegou a gritar dentro da sala demonstrando arrependimento: “quero minha irmã de volta”. Familiares e amigos da PM e da vítima aguardaram o fim do depoimento no pátio da especializada. Agentes da Corregedoria da corporação também acompanharam os depoimentos das testemunhas.
As circunstâncias do homicídio estão sendo investigadas. Segundo as informações disponíveis até agora, as irmãs começaram a discutir em um carro de aplicativo de transporte ao saírem de uma festa em São Gonçalo e continuaram brigando ao chegar no posto de gasolina, onde havia mais pessoas bebendo e ouvindo música.
Em nota, a Polícia Militar informou que a arma de Rhaillayne foi apreendida e que o caso será apurado pela Corregedoria da PM.