Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 4 de dezembro de 2023
O caso foi registrado como feminicídio pela 4ª Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo.
Foto: ReproduçãoO policial militar Thiago Cezar de Lima foi preso em flagrante por feminicídio, na madrugada deste domingo (3) após matar a esposa em plena rua em São Paulo. Imagens de câmeras de seguranças flagraram o momento em que ele dá cinco socos no rosto de Erika Satelis Ferreira de Lima, de 33 anos, e depois atira nela após uma discussão do lado de fora de um carro, na zona norte da capital paulista.
Thiago foi levado para o Presídio Romão Gomes, da Polícia Militar. A vítima estava casada há seis meses com o PM. Ela deixa duas filhas de um relacionamento anterior.
No vídeo, é possível ver um carro parado por volta das 3h da manhã. Logo em seguida, Erika abre a porta do motorista, desce e vai até a porta traseira do lado contrário. No banco de trás está o soldado Thiago.
A mulher começa a tentar tirá-lo a força do carro, mas não consegue. Segundos depois, Ambos saem do automóvel e começam a discutir do lado de fora. Ele começa a agredi-la. O policial dá uma série de socos no rosto de Erika, e efetua pelo menos dois disparos contra ela. A mulher cambaleia e cai no chão. O soldado entra no carro e dá meia volta com o veículo, mas para novamente e começa a tentar arrastar a vítima até o veículo. Nesse momento, moradores saem das suas casas e acompanham a ação.
Segundo a secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o próprio policial levou a vítima até um hospital onde a morte foi constatada. Conforme o boletim de ocorrência do caso ele confessou ter atirado na esposa após discussão. Ele alegou que ela havia tentado pegar sua arma e por isso disparou contra ela.
O caso foi registrado como feminicídio pela 4ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) Norte. Uma pistola calibre .40 foi apreendida para perícia e a Corregedoria da instituição foi acionada. A lei define o feminicídio como homicídio de mulheres cometido pelo fato de as vítimas serem do sexo feminino. Ele é considerado um agravante no Código Penal, não um crime em si.