Domingo, 16 de março de 2025
Por Redação O Sul | 17 de julho de 2015
Diversos agentes participaram do enterro do policial Valdeci Machado, de 58 anos, no Cemitério Jardim da Paz, em Porto Alegre, na tarde desta sexta-feira (17). Machado trabalhava na DPPA (Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento) de Alvorada e foi morto em serviço na quinta-feira (16). Policiais civis e militares prestaram condolências à família. O agente foi enterrado sob aplausos dos colegas e sons de sirene.
A vítima foi atingida com um tiro na cabeça após entrar em luta corporal com um criminoso que havia fugido da unidade. O bandido foi localizado no bairro Intersul e não aceitou voz de prisão. Na briga, o homem conseguiu pegar a arma do policial. Também chegou a fugir com o armamento do agente, mas foi detido.
O presidente da Ugeirm (Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS), Isaac Ortiz, esteve presente na cerimônia fúnebre. Ele cobrou a presença do governador do Estado, José Ivo Sartori, no local, a quem atribui o desaparelhamento das polícias no Estado.
Segundo Ortiz, o decreto assinado pelo governador que prevê contenção de despesas, congelamento de concursos públicos, proibição de promoções e de contratações “está fazendo vítimas todos os dias”. Machado estaria trabalhando sozinho, conforme o representante. “Nós sabemos que há delegacias com um policial apenas.”
Ele afirmou que o governo poderia deixar de dar isenções milionárias a grandes empresas, “a maioria de Caxias do Sul” e cobrar os grandes sonegadores antes de penalizar o serviço público.
MARCHA
No dia 18 de agosto, agentes das Polícia Civil, Brigada Militar e Instituto-Geral de Perícias farão uma marcha contra a política do governo estadual e contra o parlamento gaúcho que aprovou a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
O texto do Executivo prevê que as despesas do Estado não podem crescer mais de 3% em relação ao previsto para o ano, o que deve provocar arrocho nos salários dos servidores. Ortiz parafraseou Sartori, que se referiu à aprovação como uma “sementinha” para melhorar a economia gaúcha, afirmando que trata-se da “sementinha da morte, que está germinando”, com o aumento da criminalidade. (Fabiane Christaldo/O Sul)