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Política Policial federal diz que foi cooptado pelo agente da Abin Alexandre Ramalho para participar de golpe com assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes

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Com nova portaria, a agência poderá punir funcionários com suspensões de até 90 dias, ante os atuais 30 dias permitidos. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O depoimento do agente da Polícia Federal Wladimir Soares incluiu mais um nome entre os suspeitos de planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se de Alexandre Ramalho: outro agente federal, lotado na Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Wladimir está preso desde terça-feira (19), assim como os quatro militares que, segundo as investigações, planejavam matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

O agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares foi interrogado sobre a atuação na conspiração de alguns militares que pretendiam cometer os assassinatos.

Em depoimento conduzido pelos agentes da Polícia Federal logo depois de ser preso, na terça-feira (19), em Brasília, ele admitiu que foi contactado por outro policial federal que trabalhava na Abin, o agente Alexandre Ramalho.

Wladimir disse que foi cooptado a participar do grupo e que faria parte da segurança de Jair Bolsonaro caso ele resolvesse não entregar a faixa presidencial. Segundo a Polícia Federal, a conversa ocorreu dentro da Academia da Polícia Federal, em Brasília.

Wladimir Matos integrou o segundo escalão de seguranças do presidente Lula durante a transição de governo, em 2022, chegou a fazer a segurança no hotel em que Lula ficou hospedado antes de tomar posse e foi afastado das funções quando delegados descobriram que o agente também frequentava o acampamento golpista em frente ao quartel-general do Exército.

Os investigadores estão fazendo os últimos ajustes no inquérito policial. O ministro Alexandre de Moraes intimou Mauro Cid a prestar depoimento no Supremo Tribunal Federal na quinta-feira (21), para esclarecer contradições e omissões em interrogatórios.

Cid disse que não conhecia o plano de golpe de Estado e de assassinato de autoridades, mas os investigadores afirmam que não ficaram convencidos.

De acordo com a Polícia Federal, Mauro Cid e o general da reserva Mário Fernandes, preso na terça, conversaram sobre as ações golpistas, como mostra uma mensagem de áudio encontrada pela PF.

Ainda de acordo com a PF, Mauro Cid participou de uma reunião para discutir o golpe na casa do general Braga Netto, que foi ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice de Jair Bolsonaro.

Se a Justiça entender que o acordo de delação foi descumprindo, Mauro Cid pode voltar a ser preso e perder benefícios, como o de responder à Justiça em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica.

A defesa de Braga Netto afirmou que o ministro Alexandre de Moraes já garantiu acesso à representação da PF e que só vai se manifestar depois de ler o documento. As informações são do Jornal Nacional.

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