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Ali Klemt Política caiu no samba

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Donald Trump e Volodymyr Zelensky (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

E aí? Já saiu no bloquinho hoje?

Eu? Claro que não! Já passei do tempo de fazer festa no feriado de carnaval – a minha alegria atravessou o mar e ancorou…na paz interior. Porque a exterior, olha… está difícil de conseguir.

Nesse momento, minha atenção se volta para os Estados Unidos da América, por dois motivos óbvios: a “chapoletada” pública que o Zelensky levou do Presidente Trump (até agora estou me perguntando se isso foi real mesmo) e a movimentação para “dar o bote” no nosso malvadão do STF.

Mas vamos por partes – ou melhor, por alas. Afinal, é hora do desfile, e eu confesso que estou louca para saber quem será o vencedor do ano. Preparados para dar as notas?

O primeiro carro alegórico traz a cena surreal do ex-presidente americano dando um chega-pra-lá no líder ucraniano. O que era para ser um samba-enredo de apoio virou uma marchinha de ironia. Trump, com seu estilo de mestre-sala da retórica afiada, simplesmente fez de Zelensky um folião desavisado que foi jogado para fora do bloco. Zelensky, aliás, já chegou com o figurino errado: como ousou adentrar no sambódromo oval sem usar terno? Que despeito! Ele explicou: “uso terno quando a guerra acabar”. Ninguém deu bola. O baile diplomático terminou com o líder ucraniano sem saber se ria ou chorava. Será que ele esperava confete e serpentina? Acabou tirando zero nas categorias harmonia e noção de realidade: só ele não foi avisado que quem manda naquele parquinho é o próprio Presidente? Colocar-se em tal situação é quase um despreparo ingênuo – ou despeito mesmo. E aí…ele não sairia ileso do tanque de tubarões.

Dizem que Trump tem uma mágoa de Zelensky: ele não investigou o filho de Biden antes da campanha de 2020. Pode ser que sim, mas acredito, também, que, na avenida da política internacional não haja muito espaço para emoções pessoais. O samba não pode morrer, afinal.

Sigamos com o desfile, porque precisamos prosseguir com as avaliações. Lá vem a comissão de frente da política brasileira, onde os bastidores do poder parecem um enredo escrito por alguém que bebeu todas no bloco da democracia (deve ser por isso que esqueceram o que é liberdade de expressão…a bebedeira faz dessas). Os tamborins tocam alto para a possível reviravolta contra um dos ministros do STF, que há tempos protagoniza a comissão de frente. O componente surpresa da escola que adentra a avenida é a Ala dos Parlamentares dos EUA, que decidiu participar do desfile e acenar com uma possível sanção financeira contra Alexandre de Moraes. Você está sabendo dessa, não é? Com base na Lei Magnitsky, o deputado Rick McCormick pede a exclusão do ministro do sistema financeiro global e a cassação do seu visto, com base na violação de direitos humanos, através do silenciamento da oposição nas últimas eleições presidenciais. Pá! Seria o final retumbante desse desfile surpreendente. Enredo? Nota 10!

E a gente pensando que o carnaval só acontece no Brasil… o mundo segue como um grande sambódromo de surpresas. Entre confetes de promessas políticas e serpentinas de manobras jurídicas, alguns acompanham o ritmo, alguns perdem o passo e ficam para trás, enquanto outros apenas se jogam na folia. E a pergunta que não quer calar: quem vai fazer mais bonito na avenida?

Ali Klemt

@ali.klemt

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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