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Geral Políticos e artistas prestam solidariedade à jornalista Natuza Nery; policial acusado de ameaçá-la é afastado

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Natuza Nery foi alvo de xingamentos por parte de um policial civil em um supermercado do bairro Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. (Foto: Reprodução)

Políticos e artistas prestaram solidariedade à jornalista Natuza Nery, da GloboNews, que foi alvo de xingamentos por parte de um policial civil em um supermercado do bairro Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, na segunda-feira (30). A Polícia Civil paulista abriu um inquérito para investigar o caso.

O agente que teria ameaçado a jornalista foi afastado de suas atividades operacionais. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes usou as redes sociais na quarta-feira (1°) para repudiar a acusação de críticas direcionadas à jornalista. O ministro pediu por “pronta resposta do poder público” no caso.

“O ataque sofrido por Natuza Nery, em razão do simples exercício diário de seu ofício, exige pronta resposta do poder público, em especial dos órgãos de persecução penal”, afirmou Mendes.

O ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, também solidarizou-se na quarta-feira com a jornalista. Messias também cobrou que as autoridades do Estado atuem rapidamente para responsabilizar o policial.

“Minha solidariedade irrestrita à jornalista Natuza Nery, que sofreu um ataque recente de um agente do Estado. As autoridades de SP devem agir rapidamente para investigar e responsabilizar o agressor”, afirmou em seu perfil no X (ex-Twitter).

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) criticou a conduta do policial, dizendo que ele deveria “agir como guardião da lei e do equilíbrio” e reforçou a importância da liberdade de imprensa.

“Todo o meu apoio e solidariedade à jornalista Natuza Nery, vítima de ameaças por parte de um policial civil em São Paulo –que deveria, pelo contrário, agir como guardião da lei e do equilíbrio. A liberdade de imprensa é pilar fundamental da nossa democracia. Episódios do tipo devem ser repudiados por todos nós porque representam um ataque direto ao Estado Democrático de Direito”, escreveu Contarato, no X.

O ex-presidente do TCU (Tribunal de Contas da União) Bruno Dantas cobrou explicações da polícia e do governo de São Paulo, afirmando que o incidente é “uma agressão grave à democracia”.

Ele escreveu no X: “Natuza Nery é sinônimo de seriedade, altivez e desassombro no exercício do jornalismo. Atacá-la em razão da profissão que exerce é agressão grave à democracia que exige reação enérgica de todos nós. A Polícia e o Governo de São Paulo nos devem explicações e punições

O ex-secretário Nacional de Justiça Augusto de Arruda Botelho também usou o X para demonstrar apoio a Natuza, chamando o episódio de “gravíssimo”.

A postagem de Botelho foi republicada pela cantora Marina Lima, que deixou uma mensagem de apoio à jornalista: “Não mexam com a Natuza!”.

Outra artista que se manifestou em favor de Natuza foi a atriz Dadá Coelho. Ela deu parabéns a Natuza pelo “brilho e brilhante trabalho” e pediu que os jornalistas não se intimidem.

“Que absurdo! Toda minha solidariedade a minha amiga e jornalista Natuza Nery. Parabéns pelo seu brilhante trabalho, Natuza. E que os jornalistas não se intimidem. Queremos o nome, foto e expulsão do agente ‘cidadão de bem’. Urgente!”, publicou a atriz.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, assim que a Corregedoria da Polícia Civil foi informada sobre o caso, se deslocou ao 14º DP (Pinheiros) – onde a ocorrência foi registrada – e “assumiu as investigações, realizando diligências no estabelecimento em busca de imagens do ocorrido e eventuais testemunhas”.

O nome do policial que teria feito as ameaças não foi confirmado pela secretaria.

Segundo o boletim de ocorrência, Natuza foi ameaçada pelo policial civil na noite de segunda-feira (30).

A jornalista acionou a Polícia Militar após, segundo ela, ter sido confrontada pelo agente no momento que fazia compras. Ambos foram levados à delegacia.

Na ocasião, o policial abordou Natuza, que fazia compras, perguntando se ela era a jornalista da GloboNews. Na sequência, disse que ela e a empresa para a qual trabalha são responsáveis pela situação do país, e que pessoas como ela “merecem ser aniquiladas”.

No caixa do supermercado, ele teria xingado a jornalista, segundo testemunhas. O policial negou a ameaça e disse que fez uma crítica ao trabalho da jornalista. As informações são do site Poder 360, da CNN e do portal de notícias Terra.

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