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Ponto de partida

A fogueira da campanha presidencial de 2018 começa a ser acesa e assusta candidatos tradicionais. Expressando o desejo de novos ventos, as pesquisas revelam a tendência de apoio aos que concorrerão pela primeira vez. Não serão poucos os que buscarão se adaptar ao figurino da inovação, diante do cansaço da maioria dos eleitores. Não bastará, porém, uma reengenharia de métodos e processos concebidos por marqueteiros. Será preciso armazenar estoque forte de conhecimento e credibilidade.

QUEM ASSINA?

“Em uma palavra, o que se pretende, com a iniciativa Meirelles/Temer, é abastardar a Previdência contributiva pública – a Previdência financiada pelos trabalhadores e pelos patrões – a fim de piorá-la, degenerá-la para abrir espaço para a previdência privada, financiada apenas pelos trabalhadores. Com isso, milhões de brasileiros serão expelidos de qualquer forma de proteção, pois perderão a Previdência pública e não terão como pagar a privada.”
Trecho de artigo publicado pelo jornal Monitor Mercantil, cuja autoria só pode ser atribuída a um adversário do governo. Foi escrito pelo senador Roberto Requião, filiado ao PMDB, mas que veste a camiseta da oposição com rara contundência.

CRITICA E FICA

No programa Pampa Debates, ontem, o deputado federal Carlos Marun apontou o motivo pelo qual Requião permanece no PMDB: “Ele é um dos intransferíveis. Outros partidos elogiam sua violência, mas não querem tê-lo como filiado.”

SEM SURPRESA

A queda de Michel Temer nas pesquisas já era esperada por assessores no Palácio do Planalto. Afirmam que as medidas fortes em andamento não podem elevar os índices. Confiam apenas que a redução dos juros e da inflação possa reverter o quadro atual de insatisfação.

DOIS LADOS DA MOEDA

Diante dos 63 bilhões de reais que devem ao Estado de Minas Gerais, o governador Fernando Pimentel, do PT, pediu autorização da Assembleia para abrir um balcão de negociações. Quem estiver em atraso com o ICMS e o IPVA e vier com dinheiro na mão terá 90 por cento de desconto. O Rio Grande do Sul precisa se lançar na mesma empreitada para não continuar atrasando pagamentos de salários dos funcionários, fornecedores de produtos e prestadores de serviços.
Em 1993, o mesmo caminho foi trilhado com êxito pelo governo Collares. Inconformada, a bancada estadual do PT entrou com ação no Judiciário contra o secretário da Fazenda, Orion Cabral. Levou anos dando explicações para medida que ajudou a recuperar dinheiro.

FECHAMENTO

A 1º de abril de 1977, após reunião do Conselho de Segurança Nacional, o presidente Ernesto Geisel decretou “o recesso temporário do Congresso para promover reformas políticas”.

HÁ 10 ANOS

Outro fato: a 1º de abril de 2007, em meio à greve nos aeroportos, a decisão do presidente Lula, de impedir a prisão dos controladores de voo amotinados no centro de controle aéreo de Brasília, abriu uma crise entre os militares. Para oficiais generais, “a ordem maculou a hierarquia e a disciplina, pilares das Forças Armadas”.

RÁPIDAS

* A manchete mais criativa dos jornais ontem foi do jornal Estado de Minas: Sem foro é Moro.

* Entraram em recesso as figuras conhecidas em corredores e gabinetes como vendedoras de facilidades governamentais.

* Ditado que políticos experientes costumam repetir aos novatos: coitado de quem confia em inimigo reconciliado.

* Venezuelanos têm plano para escapar da crise: é pelo aeroporto de Caracas com passagem na mão.

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