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Brasil Por determinação do juiz Sérgio Moro, o Banco Central bloqueou quase 2 milhões de reais do filho de um ministro do Tribunal de Contas da União

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Tiago teria intermediado a contratação de uma empresa pela Petrobras. (Foto: Reprodução)

O BC (Banco Central) bloqueou R$ 1,7 milhão oriundo de contas e investimentos bancários do advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Aroldo Cedraz. A medida havia sido determinada pelo juiz federal Sérgio Moro, estipulando um valor de até R$ 6 milhões. Conforme o BC, no entanto, o cumprimento da ordem foi apenas parcialmente “por insuficiência de saldo”.

“Ainda que eles tenham recebido somente parte dos valores, sua participação no esquema criminoso torna-os, em princípio, responsáveis pelo todo”, despachou o juiz.

O documento do bloqueio, encaminhado no dia 24, foi anexado ao processo eletrônico da Justiça Federal do Paraná na última terça-feira. Tiago Cedraz é um dos alvos da 45ª fase da Operação Lava-Jato, deflagrada há uma semana. Contra ele, Moro autorizou um mandado de busca e apreensão em seu apartamento em Brasília.

Acusação

De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), Tiago e um sócio teriam intermediado as negociações para facilitar a contratação da empresa de asfalto Sargeant Marine pela Petrobras. Eles já estão intimados a prestar depoimento à PF (Polícia Federal) em Brasília.

Assim como as 43ª e 44ª fases da operação, a 45ª tem como base as delações do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. “O grupo tinha uma pauta de negócios interessantes a eles na Petrobras. Existe um arquivo que foi apreendido na 16ª fase, com Othon Pinheiro da Silva, que apontava os interesses. A Sargeant Marine é um dos negócios que foi concretizado”, afirmou o ex-dirigente em sua delação premiada.”.

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