Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Richard Sacks | 14 de fevereiro de 2020
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Que o Brasil é um país caro e atrasado, nenhuma novidade. Buscando melhorar o Estado e diminuir seu custo para o cidadão, o Ministério da Economia prepara um novo pacote de reformas para serem analisadas pelo Congresso. Uma delas, que é fundamental para enxugar e modernizar a máquina pública, é a reforma administrativa, que visa alterar os planos de carreira e salários dos servidores federais.
Para o país avançar e se libertar das amarras que impedem o desenvolvimento, é importantíssimo que os políticos tomem o conhecimento dos verdadeiros problemas que assolam o Brasil. Não custa lembrar, o tamanho do Estado brasileiro é espantoso; nossa Constituição concedeu enormes direitos e poucos deveres às pessoas, fazendo com que a máquina pública só crescesse, para distribuir os privilégios criados. Na tentativa de fazer funcionar todo esse aparato estatal, é necessário um número enorme de servidores nos bastidores da operação. Para sustentar isso, só existe uma opção, impostos. Porém, não é nenhuma novidade, os impostos são nada mais que o seu dinheiro, caro contribuinte, tirado à força sem você perceber, para sustentar o governo.
Acredito que o leitor, assim como eu, não está nem um pouco satisfeito em ver o seu suado dinheiro sendo consumido em boa parte para custear os servidores públicos, que são privilegiados em relação ao restante da população. Estabilidade no emprego, salários acima da média do mercado, promoção automática, licenças para capacitação e férias de mais de 30 dias por ano são apenas alguns dos privilégios concedidos ao funcionalismo.
Desse modo, a reforma administrativa deve vir com o objetivo de trazer mais racionalidade e menos regalias ao serviço público brasileiro. Criando os incentivos corretos para aqueles que querem desempenhar suas funções nesse setor, corrigindo distorções existentes há anos, ela é fundamental para modernizarmos a máquina pública, que hoje é inchada, ultrapassada e ineficiente, custando muito caro ao cidadão e sendo incapaz de ofertar serviços de qualidade à população.
Para isso a população tem que apoiar e vigiar de perto os políticos, para que uma verdadeira reforma da administração pública seja feita. Cabe aos parlamentares e à população que também têm essa reforma entre suas prioridades trabalhar para que possamos deixar como legado um Estado menor, mais eficiente e moderno, que valoriza os bons profissionais e cabe no bolso do cidadão brasileiro.
Richard Sacks, empreendedor e associado do IEE.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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