Sábado, 08 de março de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
29°
Thunder in the Vicinity

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política Por que o presidente do partido de Bolsonaro decidiu se calar após a prisão do general Braga Netto

Compartilhe esta notícia:

Imagem mostra resposta enviada por Valdemar Costa Neto a pedido de entrevistas (Foto: Reprodução)

A prisão do general Walter Braga Netto gerou um clima de temor e cautela no Partido Liberal. Tanto é que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tem recusado entrevistas com uma resposta pronta. “Comunico aos amigos da imprensa que, por orientação jurídica, temporariamente não darei entrevistas”, diz o comunicado assinado pelo próprio cacique.

Com a proximidade do recesso parlamentar, deputados têm dito que vão focar nas pautas do Congresso e não veem motivos para falar sobre a prisão do general que foi candidato a vice-presidente na chapa que tentou a reeleição de Jair Bolsonaro em 2022. Depois das eleições, Braga Netto ocupou o cargo de secretário de Relações Institucionais do PL. Em 2023, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, recebeu 386.000 reais.

Em fevereiro deste ano, o PL cortou o salário de cerca de 40.000 reais mensais do general. À época, Braga Netto havia sido alvo da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal. Em buscas e apreensões na sede do partido, foram encontrados documentos, na mesa do coronel Flávio Peregrino, assessor de Braga Netto, com detalhes sobre a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. O material foi usado como argumento para a prisão preventiva de Braga Netto.

No fim de semana, antes do silêncio imperar, algumas pessoas chegaram a se manifestar, como o general e senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). “O general Braga Netto não representa nenhum risco para a ordem pública e a sua prisão nada mais é do que uma nova página no atropelo das normas legais a que o Brasil está submetido”, escreveu no X.

O líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), também se manifestou na rede social e também usou o termo “atropelo” para se referir à prisão. “A prisão do general Braga Neto por supostos diálogos mantidos com os pais de Mauro Cid, há mais de um ano, revela novo atropelo do ministro Alexandre de Moraes ao devido processo legal. Não existindo qualquer fato novo que justificasse a prisão cautelar, a pretensa obstrução à Justiça não só não se sustenta, como revela novo prejulgamento de um juiz parcial”, disse.

A prisão de Braga Netto

Decretada na manhã de sábado, 14, a prisão de Walter Braga Netto foi inédita. Nenhum general de quatro estrelas havia sido preso no país por ordem da Justiça em um regime democrático e sob condições de normalidade. Segundo a Polícia Federal, ele teria agido para obstruir as investigações. Há indícios de que Braga Netto entrou em contato com a família de Mauro Cid, cujo pai é também um general, e buscou informações sobre o que o tenente-coronel teria revelado em delação à PF.

Durante o governo Bolsonaro, Braga Netto atuou como ministro da Defesa e ministro-chefe da Casa Civil. Por serem investigados pela trama golpista, Braga Netto, Costa Neto e Bolsonaro foram impedidos pela Justiça de conversarem. As informações são da revista Veja.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Preso no Rio, o general Braga Netto tem direito a quatro refeições por dia e quarto com ar-condicionado e TV
“Polícia Federal agiu politicamente e sem provas”, diz advogado de militar indiciado
https://www.osul.com.br/por-que-o-presidente-do-partido-de-bolsonaro-decidiu-se-calar-apos-a-prisao-do-general-braga-netto/ Por que o presidente do partido de Bolsonaro decidiu se calar após a prisão do general Braga Netto 2024-12-16
Deixe seu comentário
Pode te interessar