Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 24 de agosto de 2015
Hoje, 63,3% da população gaúcha possui excesso de peso, o maior percentual do Brasil, de acordo com os dados coletados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) através da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) 2013. Os pesquisadores visitaram 81.767 casas em todos os Estados brasileiros em 2013.
A falta de uma alimentação equilibrada e da prática de exercícios físicos são algumas das causas para esse quadro. O alto consumo de carnes na “terra do churrasco” é um dos motivos para que os habitantes do extremo sul do País acumulem mais gordura. Em um levantamento, o Sindicato da Indústria de Carnes destacou que cada gaúcho come ao menos 45 quilos de carnes por ano, contra 36 quilos dos moradores de outros Estados. Especialistas apontam que as baixas temperaturas comumente registradas no RS – com exceção deste ano, em que o Estado enfrentou calor atípico – incentivam a ingestão de alimentos gordurosos, pois o organismo necessita de mais calorias para se manter aquecido.
Quadro nacional.
No cenário nacional do sobrepeso, a PNS também aponta que a obesidade acometia um em cada cinco brasileiros de 18 anos ou mais em 2013 (20,8%). O percentual era mais alto entre as mulheres (24,4% contra 16,8% dos homens). Já o excesso de peso atingia mais da metade da população (56,9 %), cerca de 82 milhões de pessoas, aí incluídos os obesos. Em dez anos, a obesidade entre mulheres de 20 anos ou mais passou de 14% em 2003, segundo a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), para 25,2% em 2013, de acordo com a PNS. Entre os homens, o crescimento foi menor, de 9,3% para 17,5%. O acúmulo de gordura abdominal também foi mais frequente no sexo feminino, atingindo 52,1% das mulheres e 21,8% dos homens.
Já no Estado, quando o assunto é o excesso de peso, o percentual de homens nesse quadro (63,7%) ultrapassa o de mulheres (62,9%). Entretanto, quando se trata de obesidade, elas (26,5%) ultrapassam o índice masculino (20,3%). Quanto ao acúmulo de gordura no abdômen, as mulheres gaúchas exibem mais a circunferência da cintura aumentada (52,2% diante de 29,2% dos homens).