O balanço de acidentalidade de janeiro a setembro mostra uma queda no número de mortes no trânsito de Porto Alegre se comparado ao mesmo período de 2022. Foram 47 perdas humanas, seis a menos que em igual intervalo no ano anterior.
No acumulado dos nove meses, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, por meio da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), registrou o total de 10.965 acidentes, sendo 4.121 com vítimas (feridos ou com óbito).
Os automóveis estavam presentes em 89,9% (9.894) deles, e as motocicletas, em 31% (3.409). Motocicletas e automóveis, juntos, representam 97,7% do total, demonstrando que a maioria dos acidentes contempla o envolvimento de um desses dois veículos.
Em 2023, foram 27 perdas humanas envolvendo motocicletas, sendo 22 condutores, quatro pedestres e um condutor de bicicleta, oito deles não habilitados. “Além da nossa fiscalização intensa com relação a veículos irregulares nas vias, nossos agentes têm trabalhado a questão da prevenção de acidentes, principalmente com os perfis de maior envolvimento em ocorrências”, afirma o diretor-presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto.
Perfil da acidentalidade
De janeiro a setembro, o perfil mais impactado em relação à acidentalidade foi o de idosos (60 anos ou mais), com o total de 16 vidas perdidas, sendo 11 pedestres. O segundo perfil mais impactado é o de 26 a 35 anos de idade. A condição das vítimas mais afetadas são condutores de motocicletas e pedestres.
“Nossa equipe de educação para o trânsito irá intensificar até o final do ano as ações com o público idoso. Dentro do programa Pedestre Idoso são feitas atividades em grupos fechados, que serão intensificadas, chamando inclusive a atenção de familiares e vizinhos. É importante que todos olhem para os idosos e ajudem nos cuidados para diminuirmos esses índices”, reforça Bisch Neto.
Segurança viária
Para auxiliar na redução da acidentalidade, a prefeitura lançou, em 2022, o Plano de Segurança Viária. Ele estabelece diretrizes de planejamento e gestão da segurança viária, com metas para reduzir a acidentalidade no trânsito. Segue os propósitos de desenvolvimento sustentável definidos pela ONU (Organização das Nações Unidas) em sua agenda 2030.
Programa Vida no Trânsito
Porto Alegre integra o PVT (programa Vida no Trânsito), coordenado pelo Ministério da Saúde, e desde 2012 faz a análise de todos os acidente de trânsito com morte, com o objetivo de identificar os fatores e condutas de risco que resultaram em ocorrências fatais.
As causas de sinistros de trânsito decorrem, na sua maioria, de ações comportamentais dos usuários das vias. A partir da identificação desses fatores e condutas de risco, utilizados como subsídio para as áreas de educação, planejamento e fiscalização, a EPTC realiza suas ações direcionadas para prevenção de ocorrências e redução do número de vítimas.