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Porto Alegre Porto Alegre apresenta resultados em painel sobre recuperação do Rio Grande do Sul

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Para mitigar os impactos e reduzir a vulnerabilidade a eventos climáticos extremos, o Plano de Ação Climática apresentou 30 ações de curto, médio e longo prazos

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O Plano Rio Grande, coordenado pelo governador Eduardo Leite, é o programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática, que propõe uma série de medidas para diminuir os impactos causados pelas chuvas (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Nesta terça-feira (19), durante a COP29 (Conferência Mundial do Clima), no Azerbaijão, o governo do Estado e a Prefeitura de Porto Alegre participaram de um painel sobre recuperação e resiliência: O Caminho do Rio Grande do Sul na Superação dos Desafios Climáticos e na Construção de Infraestruturas Resilientes.

Representando o prefeito, o secretário municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm, apresentou o conjunto de ações realizadas para recuperar e adaptar Porto Alegre aos eventos climáticos extremos.

Segundo dados do Portal de Reconstrução e Adaptação Climática, recém lançado, foram mapeados 195 equipamentos públicos prejudicados, entre escolas, postos de saúde, espaços culturais, áreas de lazer.

Desses, 173 já receberam algum reparo e estão em operação, isto é, 88% dos equipamentos estão em funcionamento. Para obras complementares, dos 195, 132 já têm projeto contratado, 63 estão em obras e 46 foram concluídos.

Para a recuperação do sistema de proteção contra cheias, o secretário destacou o mapeamento de 114 obras necessárias, entre recuperação de casas de bombas, fechamento de comportas e reconstrução de diques. Essas obras têm valor estimado em R$ 520 milhões. Mesmo com a necessidade de obras, 105 seguem operando.

Para mitigar os impactos e reduzir a vulnerabilidade a eventos climáticos extremos, o Plano de Ação Climática apresentou 30 ações de curto, médio e longo prazos. Muitas já estão em andamento, como o estudo para revisão do sistema de proteção contra cheias com extensão à Zona Sul da cidade, hoje sem proteção, e a contratação de um sistema de monitoramento e alertas com a instalação de dez sensores e dez réguas linimétricas no Guaíba e arroios.

Os dados financeiros da reconstrução apontam para a necessidade de R$ 1,2 bilhão para recuperar a cidade. Até o momento, o Município já gastou R$ 366 milhões. E recebeu do governo federal R$ 172,8 milhões. O secretário defendeu maior cooperação entre os entes federados para o enfrentamento de desastres.

“Nossa experiência mostrou que as ações locais por si só não são suficientes. As inundações deixaram claro que precisamos de cooperação em todos os níveis de governo para enfrentar desafios que vão além dos limites das cidades, especialmente na gestão de bacias hidrográficas. É essencial que os governos nacionais e regionais apoiem as cidades com recursos financeiros, conhecimentos técnicos e políticas claras. Sem esse apoio, as iniciativas locais só vão até certo ponto”, defendeu o secretário.

Também participaram do painel a secretária Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, o diretor-presidente da Fepam, Renato das Chagas e Silva, e diretor-adjunto do Iclei para América Latina, Rodrigo Corradi.

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