Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de maio de 2019
Nesta sexta-feira (17), através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE) e da Diretoria dos Direitos Humanos/Coordenadoria da Diversidade Sexual, a capital gaúcha promove um evento em celebração ao Dia Mundial de Combate À LGBTfobia. Das 10h às 16h, serão ofertados serviços para os membros da comunidade, como a alteração de nome e gênero no registro civil e segunda via de Certidão de Nascimento. A mudança de nome civil, para indivíduos transexuais e transgêneros, foi autorizada há pouco mais de um ano pelo Supremo Tribunal Federal. O Rio Grande do Sul adotou a lei em junho do mesmo ano, possibilitando que a troca seja realizada em qualquer cartório do estado.
Além das ações, o grande objetivo desta proposta é educar a população a respeitar a vivência do outro, principalmente quando se trata da orientação sexual. A homossexualidade já foi considerada doença e, mesmo que a Organização Mundial da Saúde tenha terminado com essa possibilidade há 29 anos (em 17 de maio de 1990 – por isso a data é comemorada hoje), a discriminação e falta de entendimento ainda fazem com que parte da população pense que este comportamento é “anormal”. Por esta razão, o coordenador municipal da Diversidade Sexual, Daniel Boeira, acredita que “o ensino ao respeito começa na família e deve se estender para as escolas e entidades públicas e privadas”.
O Brasil é o país que mais mata pessoas LGBT, registrando uma vítima a cada 19 horas. Ainda de acordo com o levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), apenas em 2017 foram contabilizados 445 assassinatos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, por crimes motivados por homofobia.