A SMS (Secretaria Municipal da Saúde) de Porto Alegre confirmou nesta sexta-feira (6) dois casos autóctones de zika. Os pacientes moram na mesma residência, no bairro Farrapos, e são do sexo masculino. Na região, foram notificados 12 casos. Dois foram confirmados, dois descartados e oito continuam em investigação.
Medidas de controle vetorial foram desencadeadas na região já na notificação da suspeita, quando, em 20 de abril, foi realizado bloqueio de transmissão viral, com aplicação de inseticida, em um raio de 100 metros a partir da residência dos pacientes.
A partir da confirmação dos casos, outras medidas serão desencadeadas na região, como busca e eliminação de criadouros de mosquitos e busca ativa de casos não notificados.
A recomendação da SMS é que os agentes sejam recebidos para registro dos cuidados de prevenção e informação sobre a presença de gestantes nas residências e realização de pré-natal. Outros órgãos da prefeitura também devem desencadear ações em um raio de 500 metros a partir da residência dos pacientes. Nesta sexta-feira (6), armadilhas de monitoramento de mosquitos adultos começam a ser instaladas no bairro pela Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde.
Uma outra paciente, que reside em Porto Alegre, mas que trabalha e estuda em Canoas, também teve confirmação da infecção pelo zika. No entanto, o local do contágio, epidemiologicamente, ainda continua sendo investigado. Este caso, portanto, é autóctone para o Estado, mas ainda não é contabilizado pela Secretaria Municipal de Saúde como autóctone para a Capital. O total de casos de zika em Porto Alegre em 2016 é de 13 – dois autóctones, dez importados e um com investigação do local de contágio.
Sintomas de zika
Febre baixa (ou inexistente),
dores leves nas articulações,
manchas vermelhas na peles (quase sempre presentes nas primeiras 24h), com coceira de leve a intensa
Conjuntivite sem secreção e prurido.
Atenção especial deve ser prestada a gestantes com estes sintomas.
Dengue e chikungunya
O número total de casos de dengue na Capital em 2016 é de 250. São 204 casos autóctones e 46 importados, até o dia 30 de abril. Os casos autóctones tiveram como local de infecção 35 bairros da cidade, ainda com maior concentração na Vila Nova (68) e Chácara das Pedras (54). No total, houve 1.493 notificações de suspeitas da doença em residentes na Capital entre 4 de janeiro e 30 de abril. Dos 1.493, além dos 250 confirmados, 844 foram descartados e 399 continuam em investigação. Os números referentes à chikungunya são 11 casos importados, com 37 notificações de suspeita de chikungunya.
Proteção
A Secretaria Municipal de Saúde destaca a importância de os moradores dos bairros onde houve confirmação de casos autóctones, seja de dengue, seja de zika, adotarem medidas de proteção individual, como uso de repelente corporal e de roupas com pernas e mangas compridas, uso de repelentes elétricos, para colocação em tomadas, uso de telas em janelas, além de aumentar os cuidados com a eliminação de criadouros de mosquitos em residências, seja áreas internas, seja externas.
Os 46 casos de dengue importados têm como locais prováveis de infecção os seguintes estados: Rio de Janeiro (11 casos), Minas Gerais (7), Rio Grande do Sul (6), Mato Grosso do Sul (5), São Paulo (4), Bahia (2), Santa Catarina (3), Espírito Santo (1), Goiás (1), Mato Grosso (1), Paraná (2), além de pessoas com histórico de viagem à Colômbia (1), México e Paraguai (1).