Desenvolvido em parceria com a empresa israelense Colu Technologies Ltd., o projeto “100 Cidades Resilientes” abriu um edital buscando cidades que apresentassem iniciativas para implementação local de uma criptomoeda (moeda digital). A prefeitura de Porto Alegre, por intermédio da Secretaria Municipal de Relações Institucionais e Articulação Política, obteve aprovação para um plano com esse objetivo.
A capital gaúcha foi a única selecionada na América Latina e se une a um grupo seleto de escolhidos: Belfast (Irlanda do Norte), Adis Abeba (Etiópia), Cidade do Cabo (África do Sul) e Milão (Itália). Desse grupo, apenas dois integrantes serão escolhidos para desenvolver um projeto-piloto durante um período de seis meses.
Uma representante da iniciativa porto-alegrense de criptomoeda, Marcela Ávila, participará de um workshop em Tel-Aviv, nesta quinta e sexta-feira. Caso o projeto de Porto Alegre seja escolhido, será implementado no 4º Distrito (Zona Norte).
“Essa moeda valoriza os empresários que tiverem coragem de empreender na região. Além disso, fará com que o dinheiro permaneça lá, estimulando a criação de uma identidade comunitária para os moradores desses bairros”, destaca Marcela. ao detalhar essa versão de dinheiro eletrônico, nos moldes do já famoso Bitcoin. Ela embarca para Israel nesta terça-feira, com despesas pagas pela empresa Colu Ltd.
O projeto “100 Cidades Resilientes” foi criado pela Fundação Rockefeller (Estados Unidos) em 2013, ano de seu centenário. Conforme sugere o título, a ideia é auxiliar uma centena de metrópoles a se transformarem, preparando-se para enfrentar desafios socioeconômicos e de infraestrutura com foco em um planejamento sustentável. No Brasil, as cidades de Porto Alegre, Salvador e Rio de Janeiro fazem parte deste grupo.
Bitcoin
Com a popularidade do Bitcoin, moeda virtual que valorizou mais de 900% desde sua chegada ao Brasil, cresce o interesse de internautas em todo o mundo em comprar, vender e ajudar o sistema a colocar mais moedas em circulação na internet . Contudo, pouca gente entende como a moeda virtual realmente funciona.
Trata-se de uma moeda virtual não atrelada a governos ou bancos, inventada em 2009 por um programador japonês identificado pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto, que a chama de “primeira moeda digital descentralizada”. Ao contrário de outras moedas eletrônicas, que existiam só no universo virtual (como o Linden Dollar, do Second Life), o Bitcoin pode ser usado para comprar bens reais, como a assinatura de serviços de backup em nuvem ou eletrônicos por meio da internet.
Uma das principais características do Bitcoin é o alegado anonimato dos usuários. A moeda não existe de forma palpável, cada transação é somente um código alfanumérico trocado entre quem vende e compra algo. Como não há bancos ou governos centralizando as operações, elas são praticamente impossíveis de serem rastreadas. Alguns especialistas, contudo, afirmam que uma negociação de grande valor poderia ser identificada através da triangulação de informações.
Os Bitcoins funcionam com base em uma rede de dados ponto-a-ponto (P2P), onde cada computador que está conectado à rede funciona como cliente e servidor. Uma pequena parte do banco de dados que registra as transações realizadas em Bitcoins fica armazenada em cada computador que faz parte da rede. Dessa forma, não há um banco de dados central que registre todas as operações.