Por Redação O Sul | 4 de março de 2021
Em reunião 0n-line com representantes da empresa paulista União Química na manhã desta quinta-feira (4), prefeitos ligados ao Consórcio da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) discutiram detalhes para a compra da vacina russa Sputnik V, que será produzida no Distrito Federal.
A pauta incluiu uma série de detalhes sobre a iniciativa, como o pagamento pelas doses, que será efetuado apenas quando os lotes chegarem. A primeira remessa deve ser enviada pronta do Instituto Gamaleya de Moscou, cabendo o envase à fabricante brasileira, encarregada da elaboração nacional do imunizante em um segundo momento.
A quantidade de ampolas que será adquirida pela Granpal ainda não foi definida. Além de Porto Alegre, o consórcio é integrado por outras 13 cidades: Alvorada, Arroio dos Ratos, Cachoeirinha, Canoas, Eldorado do Sul, Esteio, Glorinha, Gravataí, Guaíba, Nova Santa Rita, Santo Antônio da Patrulha, Sapucaia do Sul e Viamão.
Espécie de “plano B” para o grupo, a aquisição de vacinas diretamente de fornecedores já vem sendo alvo de mobilização desde o ano passado. No dia 10 de dezembro, representantes do consórcio assinaram um protocolo de intenções para conta com a vacina Coronavac.
Capital gaúcha
“A compra da Sputnik V por meio da Granpal é um bom caminho”, avalia Melo. “Estamos fazendo um esforço conjunto com União, Estado e municípios, na busca de todas as alternativas para acelerar a imunização da população.”
Na quarta-feira (3), a Câmara de Vereadores já havia aprovado por unanimidade um projeto de lei do Executivo autorizando a aquisição de vacinas de segurança e eficácia comprovadas contra o coronavírus. Também poderão ser adquiridos insumos, bens e serviços de logística, tecnologia da informação e comunicação, além de treinamento.
Desde o repasse dos primeiros lotes do Ministério da Saúde pelo governo do Estado, na segunda quinzena de janeiro, Porto Alegre já recebeu mais de 180 mil doses.
Esse total é composto por 126.830 unidades da vacina chinesa Coronavac (cuja produção brasileira conta com a parceria do Instituto Butantan-SP) e 53.420 da britânica Oxford (elaborada no País de forma conjunta com a Fundação Oswaldo Cruz-RJ), ambas com duas aplicações.
Dados da plataforma “Vacinômetro” – disponível no site oficial prefeitura.poa.br – contabilizavam no começo da noite desta quinta-feira a aplicação de 113.426 doses em Porto Alegre no âmbito da primeira etapa, o que representa uma cobertura de quase 84% dos segmentos prioritários até agora.
A mesma estatística aponta que, desse grupo de cidadãos (formado por profissionais de saúde, idosos, indígenas e quilombolas, dentre outras faixas), 40.640 já receberam a segunda aplicação. Esse contingente representa quase 30% do público-alvo. O procedimento está disponível em 35 postos de saúde nas mais variadas áreas da cidade, além de três drive-thrus.
(Marcello Campos)
