Terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de março de 2023
Nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, a Polícia Civil gaúcha anunciou para maio a inauguração de uma segunda Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Porto Alegre. A unidade será inaugurada na avenida Assis Brasil (Zona Norte), assim que uma nova turma de agentes concluíram o curso de formação na academia da corporação, no mês que vem.
O objetivo é que as vítimas de violência doméstica e familiar encontrem um número cada vez maior de locais de apoio para romper o chamado “ciclo de violência”. Atualmente, os casos com esse perfil são atendidos na rua Freitas de Castro nº 720 (bairro Santana), junto ao Palácio da Polícia), que funciona 24 horas por dia.
Ao todo, o Rio Grande do Sul conta com 21 delegacias especializadas no público feminino, além de 61 Salas das Margaridas (espaços disponibilizados para esse fim em endereços ligados à segurança pública) e seis Delegacias de Polícia de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPPGV) nos mais variados municípios.
Para a diretora da Divisão de Comunicação Social, delegada Eliana Parahyba Lopes, a instalação de uma segunda Deam na capital gaúcha é necessária por causa da alta demanda, em um momento que exige especial atenção da chefia de Polícia para crimes como o feminicídio:
“A ampliação do atendimento especializado representa uma ferramenta muito importante no combate à violência doméstica, visto que facilitará o acesso das vítimas à Polícia Civil e à rede de apoio”. Denúncias podem ser feitas por meio do número de whatsapp (51) 98-444-06-06.
Tentativa de feminicídio
Há muito a se fazer para garantir a integridade feminina. Em pleno Dia da Mulher, Porto Alegre foi cenário de mais um incidente grave envolvendo violência de gênero: a tentativa de feminicídio contra uma mulher de 42 anos, no bairro Vila Jardim (Zona Leste). O autor do crime é o ex-marido, de 38 anos e que foi preso após desferir duas facadas no abdômen da vítima.
Para tornar a situação ainda mais dramática, o crime foi cometido em frente aos dois filhos do casal, ambos adolescentes, e por um motivo bastante comum nesse tipo de ataque: a inconformidade com o fim do relacionamento. Ela foi submetida a cirurgia no Hospital de Pronto Socorro (HPS) e não corre risco de morrer.
No dia anterior, a mulher havia registrado boletim de ocorrência na Polícia Civil por causa de ameaças recebidas do agressor, com quem rompeu em dezembro uma união de mais de 15 anos. Também foi solicitada medida protetiva.
(Marcello Campos)