Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de maio de 2015
Porto Alegre (RS) lidera o ranking de hipertensos do Brasil. Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (12) pela Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) indica que 29,2% das pessoas adultas na Capital dos gaúchos têm pressão alta.
O estudo aponta que 24,8% da população brasileira adulta têm pressão alta. Os números mostram que as mulheres são maioria nesse cenário. Elas respondem por 26,8% dos casos, enquanto os homens totalizam 22,5% dos registros. A pesquisa mostra ainda que a quantidade de hipertensos aumenta com o avanço da idade e com a diminuição da escolaridade.
O estudo também deixa claro que a população brasileira apresenta baixa percepção sobre o consumo de sal em excesso, já que 47,9% dos entrevistados consideram seu consumo da substância adequado. Apenas 2,3% admitem ter um consumo muito alto e 13,2%, consumo alto.
Causa de morte
A diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde, do Ministério da Saúde, Deborah Malta, lembrou que doenças crônicas como a hipertensão respondem por 72% das causas de morte na população brasileira.
Segundo ela, os fatores de risco incluem o tabaco, consumo de álcool e a alimentação inadequada, como o alto consumo de sal, de carnes com gordura e de açúcar em excesso. “Mais da metade da população de idosos brasileiros tem pressão arterial elevada. A retirada do sal dos alimentos terá impacto fundamental”, afirmou Deborah.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, reforçou a recomendação de que o brasileiro evite o consumo de alimentos processados, priorize o consumo de alimentos “in natura” e fique atento para o preparo das refeições. “É fundamental que se tire o saleiro da mesa, seja ela em casa ou em um restaurante”, acrescentou o ministro.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) indica que o ideal é consumir até 5 gramas de sal por dia, porém, o consumo no País chega a 12 gramas diários.