Quarta-feira, 01 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2024
Porto Alegre foi a cidade responsável por colocar o Rio Grande do Sul no primeiro lugar do ranking dos Estados com maior número de empreendimentos inovadores. O dado consta em pesquisa produzida pelo Centro de Liderança Pública (CLP), com base na quantidade de aceleradoras, incubadoras, parques tecnológicos e científicos para cada milhão de habitantes.
No estudo, a capital gaúcha figura entre as cidades que mais concentram trabalhadores no setor da economia criativa, o que corresponde a 4,31% do total de empregos gerados na cidade. O valor é maior do que a média do Estado, que é de 1,96%, fato que reforça a liderança na criação de vagas.
“A diversidade e a presença desses empregos demonstram a vitalidade da economia da cidade e a capacidade de adaptar-se às demandas do mercado contemporâneo”, avalia o secretário em exercício da pasta municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDet), Douglas Martello.
Porto Alegre absorve investimentos de R$ 90,5 milhões para pesquisa e desenvolvimento científico no setor. Esse montante representa 20% do total de recursos do Rio Grande do Sul.
Também se destaca em diversos aspectos que contribuem para o protagonismo e o fomento no campo da inovação. A prefeitura implementou três iniciativas que oferecem incentivos fiscais aos setores da economia criativa, que são os programas “Criative”, “+4D” e “Centro+”.
A média de remuneração mensal do segmento é de R$ 4.298, valor 95,4% acima da média salarial do município, aspecto que o Executivo municipal considera como um indicador de melhoria gradual no padrão de vida dos trabalhadores.
De acordo com o economista Rodrigo de Assis, da SMDet, esse crescimento pode ser considerado um reflexo da dinâmica econômica e do compromisso contínuo com a valorização do trabalho e da força laboral na cidade: “Porto Alegre tem uma das cadeias econômicas mais diversificadas do Rio Grande do Sul, gerando mais emprego em mais setores”.
Economia criativa
Mais de 1 milhão de novos empregos serão gerados pela economia criativa no Brasil até 2030, elevando, em consequência, a atual participação de 3,11% do setor no Produto Interno Bruto (PIB). É o que indica levantamento realizado em 2023 pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI), núcleo de inteligência e análise de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A economia criativa emprega hoje 7,4 milhões de trabalhadores no Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse volume pode chegar a 8,4 milhões nos próximos seis anos
As profissões da economia criativa estão espalhadas por diversos setores, como empreendedorismo, indústria, serviços e setor tecnológico. Especialistas apontam que o aumento dos empregos e do dinamismo da economia criativa serão puxados sobretudo pela dimensão tecnológica, no desenvolvimento de produtos digitais.
(Marcello Campos)