Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 31 de março de 2023
O desafio tem por objetivo fazer um planejamento a longo prazo para que Porto Alegre cumpra o compromisso, firmado na COP 26
Foto: Gustavo Mansur/SecomO prefeito Sebastião Melo e o diretor do Banco Mundial no Brasil, Johannes Zutt, anunciaram, nesta sexta-feira (31), durante o South Summit, as empresas contratadas para executar o Plano de Ação Climática de Porto Alegre. O consórcio formado por Waycarbon, EcoFinance e ICLEI terá 18 meses para estabelecer medidas concretas de mitigação de emissões de gases de efeito estufa e adaptação frente às mudanças climáticas na Capital.
“Nossa cidade tem bons parâmetros em sustentabilidade. Só nos espaços públicos temos mais de um milhão de árvores. Uma vasta área rural com elevada produção de orgânicos. Mas ainda são inúmeros desafios, e a emissão de gases é um deles. Sabemos que com este investimento a cidade vai avançar ainda mais nas questões climáticas”, declarou o prefeito.
“Estamos muito felizes em contribuir no processo de desenvolvimento sustentável desta cidade que tem uma visão de futuro verde”, disse o diretor do Banco Mundial.
Planejamento
O estudo tem por objetivo fazer um planejamento a longo prazo para que Porto Alegre cumpra o compromisso, firmado na COP 26, em Glasgow, de reduzir em 50% as emissões de poluentes, em especial carbono, até 2030, e zerar as emissões até 2050.
“O plano de ação é a pactuação entre governo e sociedade para tornar nossa cidade mais sustentável, a começar pela mudança da matriz energética do transporte. Ao longo dos anos, queremos resolver o problema da mobilidade com planejamento urbano, diminuindo o deslocamento e incentivando o uso de outros modais, como o transporte hidroviário”, defende o secretário municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.
A consultoria terá como base o Inventário de Gases de Efeito Estufa, elaborado em 2021, que apontou que 67% das emissões são do setor de transportes. Em seguida estão a energia estacionária (consumo diário dos cidadãos) com 22% e setor de resíduos, somando 9% das emissões.
Estudo de riscos
A diretora de Políticas e Projetos de Sustentabilidade da Smamus, Rovana Reale Bortolini, explica que, inicialmente, será elaborado o Estudo de Riscos e Vulnerabilidades, com identificação, mapeamento e análise dos riscos climáticos atuais e futuros, além dos impactos para os moradores e a capacidade para enfrentar esses desafios.
“A partir dos resultados desse estudo, será construído o plano de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Somente com a execução dessas medidas, vamos alcançar nosso objetivo maior de transformar Porto Alegre em uma cidade melhor e com mais qualidade de vida”, explica a diretora.
Banco Mundial – Essa é a primeira cooperação técnica a ser oficializada de uma série de cooperações entre a Prefeitura de Porto Alegre e Banco Mundial. Os recursos para o Plano de Ação Climática são oriundos do City Climate Finance Gap Fund, um fundo específico para mudanças climáticas em cidades destinará US$ 250 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) para a Capital.
“É simbólico que a primeira ação vinculada ao programa de financiamento Centro+4D seja aquela que irá tornar Porto Alegre uma cidade ainda mais sustentável e resiliente. Queremos que a transformação urbana seja alicerçada em premissas como essas, que garantirão mais qualidade de vida à população”, assegurou o titular da Secretaria Municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer.