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Porto Alegre reduz de 90 para 85 anos a idade mínima de recebimento da vacina bivalente contra covid

Ainda nesta semana, imunizante que amplia a proteção contra cepas do coronavírus chegará ao público a partir dos 70 anos. (Foto: EBC)

Um dia após deflagrar nos postos de saúde o fornecimento da vacina bivalente contra covid ao público em geral a partir dos 90 anos, nesta terça-feira (28) a Secretaria da Saúde de Porto Alegre reduz para 85 anos a idade mínima exigida para o procedimento. O cronograma escalonado também passará a contemplar, entre quarta e sexta-feira, as faixas etárias iniciadas por 80, 75 e 70 anos.

A lista de endereços com a dose disponível inclui 36 postos (20 abertos até as 17h e outros 14 encerrando expediente às 21h), além da sala especial do shopping João Pessoa (até 16h). Endereços, horários, telefones de contato e outros detalhes podem ser consultados nas redes sociais e no site prefeitura.poa.br.

Produzido pela Pfizer e com apenas uma dose, o fármaco bivalente proporciona maior proteção contra diferentes cepas do coronavírus. A exigência é de que o indivíduo já tenha completado há pelo menos quatro meses o esquema primário (duas doses de Coronavac, Oxford e Pfizer ou dose única da Janssen) ou básico (que inclui uma ou duas doses de reforço).

Grupos abaixo dessas faixas etárias terão que aguardar a remessa de novos lotes do fármaco pelo governo federal ou o aproveitamento de eventuais sobras de ampolas da atual etapa de imunização, que contemplou primeiramente os internos e trabalhadores de instituições de longa permanência para idosos.

Esta é mais uma etapa no avanço da cobertura pelo imunizante entre a população da capital gaúcha. No dia 15 de fevereiro, equipes volantes da rede municipal começaram a percorrer instituições de longa permanência de idosos (asilos, clínicas geriátricas e similares) para aplicar o imunizante ente os trabalhadores e residentes desses locais.

Vacinação comum

No que se refere à aplicação de imunizantes comuns (monovalentes), prossegue o fornecimento das duas doses básicas a partir dos 6 meses de idade, bem como os dois reforços (o primeiro dos 5 anos em diante e o segundo para quem tem ao menos 18 anos).

De um modo geral, nos procedimentos a partir da primeira dose do esquema primário, os intervalos mínimos entre cada injeção variam de 28 dias a quatro meses. No caso dos pequenos entre 6 meses e 3 anos incompletos, são três aplicações com intervalo de quatro semanas entre a primeira e a segunda, seguida de uma espera de oito semanas até a terceira.

Para adolescentes e adultos, em aplicações de primeira dose deve ser apresentada identidade com CPF. Não é exigido o comprovante de residência. A gurizada até 12 anos, por sua vez, não necessita de prescrição médica mas é solicitado o cartão de vacinação contra outras doenças. Mãe, pai ou responsável devem estar presentes – outro adulto pode acompanhar o procedimento, mediante autorização por escrito.

Depois da primeira injeção é obrigatório o cartão de controle fornecido pelo agente de saúde. Pode se dirigir aos locais indicados quem recebeu Coronavac há pelo menos 28 dias, ao passo que os contemplados com Oxford e Pfizer devem aguardar intervalo de quatro meses entre as duas “picadas”.

Já para o primeiro e segundo reforço exige-se a mesma documentação da segunda dose do ciclo básico de imunização. O cartão de controle deve comprovar a conclusão do esquema de imunização completo (duas doses ou aplicação única da Janssen, mais a primeira injeção adicional) há pelo menos quatro meses.

Pandemia no RS

Relatório epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (27) pelo governo gaúcho adicionou 107 testes positivos de coronavírus no Rio Grande do Sul, sem novas mortes. Com a atualização, em 35 meses de pandemia o Rio Grande do Sul se aproxima de 2,96 milhões de contágios conhecidos, dos quais 41.908 resultaram em óbito.

Dos registros de contágio conhecidos até agora em território gaúcho, em mais de 2,91 milhões o paciente já se recuperou (aproximadamente 99% do total). Outros 1.970 (menos de 1%) são considerados casos ativos, ou seja, a pessoa está infectada e com possibilidade de transmitir a doença para outros indivíduos.

As internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada à covid chegam a 131.827 (cerca de 4% dos testes positivos realizados até o momento). O número diz respeito aos registros desde março de 2020, época das primeiras notificações de casos de coronavírus no Estado.

Já a ocupação por adultos unidades de terapia intensiva (UTIs) estava em uma média de 80,8% no final da tarde, contra 79,4%. A taxa resulta da proporção de 1.602 pacientes para 1.982 vagas, de acordo com o painel de monitoramento covid.saude.rs.gov.br.

(Marcello Campos)

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