Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de agosto de 2021
O setor de transporte continua o maior emissor de gases, com 67,7% das emissões em 2019.
Foto: Cesar Lopes/PMPAPorto Alegre reduziu, em média, 5% a emissão de gases de efeito estufa de 2016 a 2019, além de diminuir a liberação de gás carbônico a partir do plantio de novas mudas de árvores. As informações constam no 2º Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa, atualizado este ano. Elaborado de janeiro a julho, o resultado do estudo foi apresentado pela prefeitura nesta quinta-feira (12), no Paço Municipal.
“Mesmo Porto Alegre sendo uma das capitais mais arborizadas do País, nossos desafios ainda são enormes para termos uma cidade mais sustentável. Esta mudança de patamar também passa por um sistema de transporte mais limpo, que estimule o cidadão e circular menos de carro”, disse o prefeito Sebastião Melo.
O documento é a base para nortear os estudos do PDDUA (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental) da Capital gaúcha. “Ao identificarmos os setores que mais emitem gases de efeito estufa, poderemos alinhar o plano diretor à política climática, além de propor metas de redução das emissões”, afirmou o secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.
A construção do inventário foi feita pela prefeitura, com apoio da WayCarbon, da Ecofinance e do Iclei América do Sul. “A questão da emissão de gases de efeito estufa é o desafio ambiental global. O último relatório da Organização das Nações Unidas sobre o clima, divulgado no início da semana, destacou que 80% dos impactos ambientais do planeta são gerados nos grandes centros urbanos”, disse o CEO da WayCarbon, Felipe Bittencourt.
O setor de transporte continua o maior emissor de gases, com 67,7% das emissões em 2019. Segundo a diretora de Projetos e Políticas de Sustentabilidade da Smamus, Rovana Reale Bortolini, a ideia é estimular outros modos que não sejam somente movidos a combustível. No mesmo ano, o setor de energia estacionária (consumo diário das pessoas) somou 23% das emissões, seguido dos resíduos, com 8,8%, e de agricultura, florestas e uso do solo, com 0,5%.