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Porto Alegre registra maior número de abstenções entre as capitais no primeiro turno

Porto Alegre tem 1.096.641 de eleitores. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

Porto Alegre é a capital com o maior número de abstenções no primeiro turno das eleições municipais deste ano. Do total de cidadãos aptos a votar, 31,51% não compareceu às urnas neste domingo (6), conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Porto Alegre tem 1.096.641 de eleitores.

Se as abstenções fossem uma coligação, disputariam o segundo turno contra Sebastião Melo. O número de abstenções (345.544) é superior ao total de votos registrados para o candidato do MDB, que terminou em 1º lugar na disputa com 345.420 votos.

Em termos nacionais, o índice de abstenção nas eleições municipais foi de 21,71%, segundo informou a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE. Ela falou com jornalistas logo depois do encerramento da apuração nas capitais.

A abstenção na disputa deste ano cresceu se comparada com a das eleições municipais de 2016, quando 17,58% dos eleitores deixaram de votar, mas diminuiu em comparação com 2020, quando o índice foi de 23,5% — é preciso lembrar, porém, que o pleito de quatro anos atrás ocorreu no ano da explosão de casos da Covid-19. Se ele for excluído da contagem por causa dessa situação excepcional, a abstenção deste ano foi a maior das eleições municipais neste século.

“Nós tivemos um índice de abstenção que continua alto para os nossos padrões: 21,71%”, disse a ministra.

De acordo com Cármen, o número de eleitores que justificaram a ausência cresceu 65,9% em comparação com o último pleito: foram 2,6 milhões de justificativas. Esse é um mecanismo reservado para eleitores que não estão em seu domicílio eleitoral.

Por outro lado, a ministra comemorou a apuração rápida. De acordo com ela, o modelo adotado no país permite que os brasileiros durmam “sabendo, em todos os estados e municípios, os eleitos”.

“Estamos aqui para servir à cidadania. Ao eleitor e eleitora. E, principalmente, para que houvesse o sossego de sair de casa para votar e, com tranquilidade, exercer esse direito constitucional fundamental: a escolha dos governantes municipais, o que foi levado a efeito.”

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