Sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de julho de 2024
Estatística atualizada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Porto Alegre contabiliza 10.279 testes positivos de dengue entre 1º de janeiro e 20 de julho – a média é de 51 por dia. O número inclui 9,506 casos contraídos dentro da própria cidade (autóctones) e dez mortes. Todos os bairros de Porto Alegre registraram casos da doença neste ano.
A faixa etária dos 21 a 30 anos ainda mantém a maior proporção dos casos confirmados (18,7%), ao passo que na distribuição por gênero a maioria dos pacientes são do sexo feminino (52,9%). Os principais sintomas relatados pelos pacientes são febre, dores de cabeça (cefaleia) e no restante do corpo (mialgia).
No final de abril, antes da maior tragédia climática já ocorrida no Estado e que atingiu diversas áreas da capital gaúcha, a prefeitura chegou a decretar situação de emergência em saúde pública. A medida autoriza uma série de ações emergenciais, como a maior flexibilidade nos processos para compra de equipamentos, materiais e insumos, além da contratação de serviços.
Com dezenas de bairros apresentando altos índices de infestação pelo mosquito, a SMS passou a ampliar a frequência e cobertura de alguns procedimentos. Dentre os principais está a pulverização de inseticida em ruas e terrenos de regiões mais críticas, bem como a logística de vacinação.
Em todos os postos de saúde da capital gaúcha, o público de 10 a 14 anos tem à disposição um imunizante contra quatro tipos do vírus responsáveis pela doença. O esquema de aplicação prevê duas doses, com intervalo de três meses entre cada uma. Diferente do que dizem notícias falsas em aplicativos de mensagem como o whatsapp, o fármaco é seguro e eficaz na prevenção de sintomas graves, que podem levar à hospitalização ou mesmo óbito.
Já no Rio Grande do Sul são quase 181 mil testes positivos de dengue no período, incluindo 146.844 contraídos dentro do Estado. Em 279 casos o paciente não resistiu ao agravamento do quadro (51,6% eram homens).
A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, também responsável por doenças como o zika vírus e a febre chikungunya. O inseto se prolifera em focos de água parada – ainda não há dados oficiais sobre o impacto das enchentes de maio no Rio Grande do Sul no que se refere ao avanço dos casos.
Sintomas
O Ministério da Saúde tem reforçado a importância da busca por atendimento nos serviços de saúde assim que surgem os primeiros sintomas. Com isso, evita-se o agravamento da doença e uma possível evolução para óbito, sobretudo em crianças, idosos e indivíduos com outras doenças pré-existentes.
Medidas preventivas contra a proliferação do mosquito-vetor também são fundamentais. É o caso da eliminação de focos de água parada, a fim de cortar o ciclo de vida do inseto já na fase de larva. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra a picada.
– febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias.
– dor retro-orbital (atrás dos olhos).
– dor de cabeça.
– dor no corpo.
– dor nas articulações.
– mal-estar geral.
– náusea.
– vômito.
– diarreia.
– manchas vermelhas na pele (com ou sem coceira).
(Marcello Campos)